Não é coincidência este livro de Enrique Vila-Matas ter o mesmo título de uma das mais famosas músicas de Amália rodrigues. Foi ao passar no aeroporto e ao ver o disco de Amália que o autor catalão se inspirou para dar título a esta obra.
Com um estilo muito seu e muito peculiar, o catalão nascido em Barcelona recupera personagens já conhecidas de muitos dos seus romances…e fala de Graham Greene, autor do livro que esmiucei no post anterior.
Vila-Matas traça o paralelismo entre ser espião e ser escritor, na medida em que o trabalho de ambos resulta da observação do que o rodeia.
Neste caso o autor espia os vizinhos e até a família. Os personagens que lhe servem de inspiração são reais.
Ele escreve uma trilogia baseada na observação de personagens do quotidiano. Depois muda de ideias.
Afinal de contas, escrever é um ato único.
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