A primeira meia final da Taça da Liga ficou marcada por um lance que promete ainda fazer correr muita tinta.
Implementou-se o VAR para, alegadamente, haver mais transparência e verdade desportiva mas chega-se á conclusão que, não importa o número de olhos a analisar um lance. Em caso de dúvida, beneficiam-se os clubes mais fortes.
Têm razão os jogadores do Arouca que se sentem injustiçados por lhes ter sido anulado um golo cuja primeira irregularidade é cometida por Coates. A bola bateu no braço que estava no chão do jogador do Arouca e depois o lance deu em golo. Consultando o VAR, Fábio Veríssimo (que há uns anos atrás também fez uma meia final desastrada da Taça da Liga contra o Benfica) anulou o golo e assinalou falta a favor do Sporting. Na sequência desse lance, Paulinho acabou por apontar o primeiro golo.
Podem vir todos os especialistas e mais alguns. Se por acaso o lance tivesse sido ao contrário, aquele golo não seria anulado.
Aqui em Portugal têm sempre de ganhar os mesmos. Há muitos interesses em jogo. A pressão da opinião pública é enorme. As vozes dos clubes mais pequenos não se fazem ouvir. Isto é válido para a arbitragem em campo e para os castigos. Os jogadores e dirigentes dos clubes pequenos cumprem os castigos, acatam as ordens. Já nos clubes grandes recorre-se, pressiona-se a Comunicação social e há horas de programas a comentar a justiça ou não de cartões.
Com tudo isto, e com dois golos de Paulinho, que sempre tem a pontaria afinada na taça da Liga, o Sporting aguarda agora que se cumpra a formalidade de se realizar o jogo entre o Porto e o Académico de Viseu. Sim, porque será o Porto a passar. Em caso de lances duvidosos, já sabem. O clube pequeno acaba sempre por ser prejudicado. Se fosse o Benfica em prova contra o Arouca ou Académico de Viseu, eu diria o mesmo.
Assim vamos no futebol cá do burgo sempre sem emenda.
No comments:
Post a Comment