Sunday, May 10, 2015

“A Mentira Sagrada” (impressões pessoais)








O Vaticano e a Igreja Católica devem ser dos assuntos que inspiram mais obras de ficção no Mundo. Este é mais um de muitos livros que leio sobre uma intriga ficcional passada na Santa Sé.

Também os escritores portugueses se interessam grandemente pela ficção com o Vaticano como cenário. Desta vez debruço-me sobre a obra de Luís Miguel Rocha que praticamente só escreve livros sobre este tema. Nesta história, o escritor portuense narra-nos as aventuras de Sarah e Rafael em busca de documentos comprometedores para a Igreja Católica.

Ao longo destas páginas, o autor vai-nos enriquecendo com conhecimentos sobre a Bíblia e a Igreja em geral. Coisas que eu francamente não sabia. Depois há a velha questão da origem e da interpretação do Livro Sagrado. Isso dá muito que escrever e muito que abordar.

Do que não há dúvidas é que foram encontrados alguns textos antigos que colocam em causa aquilo que Roma nos foi passando ao longo dos séculos. São Evangelhos que a Igreja Católica recusou porque foi do seu interesse recusar. Como algures se diz nesta obra, quanto menos percebermos da Bíblia, melhor para a Igreja. Menos a questionamos.

Cada pessoa deve acreditar e ter fé naquilo que faz sentindo para ela, não no que faz sentido para alguns. Há que respeitar a crença e a fé de cada um. Eu sempre tive a minha ideia e já a tenho aqui defendido inúmeras vezes. Deus, a existir, será o mesmo para toda a Humanidade e certamente não quereria que os homens matassem e torturassem em Seu nome. As religiões já foi o Homem que as fez, se foi ou não inspirado por Deus, aí já é outra história difícil de engolir. Há, realmente, algo para lá deste mundo terreno que habitamos, disso não tenho dúvidas e até tenho provas, se se pode chamar a isso a existência de Deus, talvez. As religiões já são uma interpretação humana e algumas mesmo são autênticos jogos de interesses. Isso é que Deus não toleraria, certamente.

Voltando à obra, foi muito interessante mesmo. Para além do enriquecimento cultural que me proporcionou, também o suspense esteve presente.

Recomendo vivamente a quem vibra com a leitura de um livro empolgante.

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