Morte azul

Mais um sonho do calibre do anterior. Aqui não é propriamente o som intrigante de algo mas as sensações pouco agradáveis que fui experimentando. Uma tristeza, um vazio e uma sensação de angústia apoderaram-se do meu espírito. Uma cor apenas dominou o cenário- uma triste e gélida cor azul.

Sonhei que o Taremo tinha morrido. Talvez a recente transferência dele para o Porto continue a abalar o meu subconsciente. De maneira nenhuma quero que algo lhe aconteça! Foi isso que experimentei neste sonho.

Encontrava-me deitada num local. Tonalidades azuis e pretas povoavam o cenário. Eu ia pensando no quão injusta era a vida. Em como de um momento para o outro tudo se acaba assim.

Não consigo precisar o que realmente aconteceu. Se a morte teve lugar em contexto de treino ou jogo ou se foi de outra forma. Só sei que pensava nele num lugar bastante frio, inóspito, desprovido de vida ou de sentimentos. Um lugar onde um ser humano não mais é do que mera matéria que já não serve para nada e que será ali tratada naquele espaço sem dignidade. Num congelador frio não há sentimentos, a humanidade perde-se á medida que o calor da vida vai abandonando o corpo. No dia seguinte, médicos legistas discutiriam trivialidades ao redor desse mesmo corpo que jazia ali ainda com uma camisola azul e branca vestida. Talvez discutissem ainda Futebol, como se estivessem na mercearia ou no café.

Á medida que refletia no escuro, a tristeza apoderava-se cada vez mais de mim. Os pensamentos surgiam cada vez mais angustiantes.

Quando acordei, ainda me questionei se de facto isso tinha acontecido. Estava num local que pouco diferia daquele onde me encontrava no sonho.