Thursday, September 06, 2018

Caminhando pelo deserto

Mais um sonho com terras longínquas que eu imagino bem diferentes do que eu jamais conheci na minha vida.

Sonhei que estávamos a fazer uma visita ao Norte de África com o objetivo de fazermos caminhadas por essas inóspitas paragens. Na realidade, seria penoso caminhar no deserto com altas temperaturas e sobre a areia. E se nos perdíamos?

No sonho, não estava a ser assim tão mau caminhar no deserto e isso surpreendia-me. Era tudo plano...e em terra batida, imagine-se. De onde a onde, havia pequenas construções baixas, normalmente de cor branca. Sempre ouvi dizer que, no Alentejo, as casas são quase todas brancas por causa do calor. Ali o princípio deve ser o mesmo.

Parámos justamente numa dessas construções para descansarmos, comermos alguma coisa e visitarmos uns berberes que se encontravam lá dentro a fazer uns produtos artesanais em pele que venderiam a quem passava por ali como nós.

Na verdade, eles não faziam bem objetos em pele. Poderiam fazer alguns mas também curtiam a própria carne dos animais e com ela faziam figurinhas que depois secavam e ficavam tipo cortiça. Alguma da carne era de porco, imaginem. Eles não a comiam e usavam-na para criar pequenas peças com motivos de animais, normalmente camelos.

O espaço era reduzido. Tratava-se de uma pequena casa, com uma divisão ainda minúscula. Dois berberes de idade indefinida e pele morena, curtida pelo Sol, vestidos de branco, ensinavam-nos a fazer dessas peças. Uma espécie de workshop, portanto.

Depois disto, voltámos a por pés ao caminho. As pequenas construções começaram a ser cada vez menos.

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