Wednesday, September 12, 2018

Anatomia de gato e a música sem idade

Dois sonhos distintos marcaram esta noite. Dois sonhos, cujos pormenores foram apagados pelos primeiros sinais da vigília.

Vou tentar resumir o que se passou. No primeiro sonho, estava algures num laboratório ou algo do género. Foi-me dado para as mãos uma espécie de fóssil que parecia já ter muitos anos. Esse fóssil parecia de pedra e tinha a forma de um gato. Era muito frágil. A cabeça já estava separada do corpo e parecia partir-se em lascas ao mais delicado toque.

Era mesmo um gato. Um gato de há muitos anos e que servia para aulas de Anatomia Animal, se é que isso existe.

Acordei. Rapidamente descobri qual a origem deste sonho. Li algures que tinha sido encontrado um esqueleto antigo de um cão que media mais de dois metros. O meu subconsciente converteu esse cão num gatinho.

Também parece vindo do fado antigo o sonho que se segue. Este foi interrompido pelo despertador. Um fado tradicional é um fado que se pode cantar com a letra que quisermos. Só há bem pouco tempo é que eu soube disso. Conhecia inúmeros fados com letras diferentes e com a mesma música mas agora percebo porquê. No final deste texto, coloco o exemplo de onde saiu a música do sonho. Só assim vão perceber do que eu estou a falar.

Estava a passar férias com um grupo de pessoas completamente desconhecidas. Umas eram mais jovens e outras eram mais velhas. Dona Alzira era uma das pessoas menos jovens do grupo e surpreendeu-nos ao puxar de uma viola ou guitarra portuguesa. Ficámos abismados. O que é que a senhora ia fazer com ela? Não a imaginávamos a saber tocar. Enganámo-nos. Ela começou a dedilhar as cordas até a música fazer sentido. E um fado surgiu. Ela cantava e tocava quando o despertador me acordou. Não sei se era este fado com esta letra, se era outra letra que ela inventou. A música era, sem dúvida, a deste fado que também conheço com muitas outras letras.



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