Wednesday, September 06, 2017

Estranhas viagens


Ao se sonhar, automaticamente já se viaja e não há maior viagem do que a do nosso subconsciente. Por vezes até podemos viajar no tempo. Também acontece as viagens perspetivarem algo muito estranho e confuso que nos deixa a pensar bastante quando acordamos.

No meu sonho, a viagem era longa e prometia transformar-me completamente. Melhor ainda, podia correr o risco de nunca mais voltar ou nunca mais ser a mesma. Não viajava sozinha. Ia muita gente apanhar um avião de longo curso que levaria ao infinito. Ao longo dessa viagem, iria acontecer algo connosco. Iríamos perder a consciência, a identidade, iríamos deixar por momentos ou para sempre o mundo terreno.

O que me confortava era o facto de não estar ali sozinha. O avião era enorme e estava apinhado de gente. Todos eram desconhecidos. Estava feliz e ao mesmo tempo apreensiva com esta viagem. O que iria acontecer?

Não sei ao certo o que me iriam fazer. Uma operação? Um tratamento? Simplesmente passaríamos num determinado local que nos alterasse a consciência? Havia relatos de que as pessoas passavam ali frio ou sentiam-no quando acordavam.

Acordei também. Ainda estava a tentar compreender para onde ia e o que ia fazer.

O tema das viagens continuou. Desta vez esperava também uma chamada telefónica para apanhar um avião para longe. Desta vez ia com amigos. À medida que as horas passavam e o telemóvel ficava mudo, ia enfiando cada vez mais tralha no saco de viagem que cada vez estava mais pesado. Até roupa que estava pendurada nos cabides lá de casa e que não era minha eu coloquei dentro do saco. Nunca se sabe o que vai ser preciso.

Farta de aviões e viagens oníricas que se calhar não levam a lado nenhum, acordei ao som do despertador. Confesso que me custou hoje levantar da cama.

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