Monday, March 15, 2010

Sonhos para lá de estranhos



Escusado será repetir o quão estranhos, incómodos e surpreendentes são alguns sonhos. Como agora o meu tempo é escasso para actualizar este blog, passemos sem demora à tentativa de descrição de mais uma noite muito agitada.

Pelo que eu me consigo lembrar, parece que uma senhora que eu conheci já há uns anos a esta parte adormeceu ao volante e provocou um acidente com uma ambulância. Havia um senhor de nome Vítor que vestia umas calças castanhas e uma camisa azul que diziam que estava morto. Fui para lhe mexer e ele deu-me um pontapé involuntário na minha perna direita. Senti uma espécie de choque, de arrepio.

Estava a arrumar uns vegetais quando me disseram que os espaços onde eu os estava a colocar tinham sido reservados por alguém. Eu protestei que isso não poderia ser mas logo disseram que a pessoa que os reservou havia pago uma avultada quantia.

Estava a ver as fotos de uns ciclistas. Tentava identificar um mas não conseguia. Lembrava-me vagamente dele mas não o conseguia identificar. Usava uma barba muito espessa e uma camisa azul (já é o segundo que me aparece de camisa azul). Mandaram-mo ir buscar para…cortar. Ali não era uma morgue mas sim a padaria. Ele era feito de pão brasileiro e não de carne e osso. Era também pequeno demais para ser uma pessoa adulta. Disseram-me como tinha de proceder e eu lá trouxe o homem feito de massa de pão amarelo para junto de onde se corta o pão com um cobertor que, por acaso, está na minha cama. Acordei. Ainda faltavam duas horas para me levantar. Estive alguns minutos a pensar nesta última parte do sonho. Estava confusa.

Voltei a adormecer e agora o sonho virou para a minha terra e para a minha família. Havia muitos gatos e cães lá em casa e eu tinha de os recolher a todos para dentro de casa. Estava uma noite fria e dava o relato de um jogo entre o Nacional e o Marítimo que, apesar de animado, ainda estava empatado sem golos. Do lado do Nacional alinhavam uns jogadores que eu não conhecia. Admirei-me de haver tantos reforços.

A minha irmã ia-se embora também nessa noite mas ia com um casal desconhecido. Despedi-me dela com um beijo. A minha mãe disse-me então que eu tinha falado imenso enquanto dormia.

Não sei se foi por esta ordem mas sonhei também que liguei o computador fixo que tenho em casa e ele não arrancou à primeira, tal como faz o portátil quando esta frio. Resmunguei que cada vez estava mais frio e que já estávamos quase no verão. Quando finalmente liguei o computador, fui ao Hattrick e fui ver por curiosidade se o meu colega de série que era um batoteiro de primeira ordem ainda por lá andava. Constatei com grande contentamento que há mais de um mês que ele não punha lá os pés.

Agora ia de noite pelas ruas com um cão. Para afugentar o medo ia cantando a canção deste vídeo enquanto passava numa zona mais escura da rua. Depois parei a brincar com o cão já perto de casa.

Quando cheguei a casa, a minha mãe esperava-me. Tinha tirado todos os sacos que eu havia deixado para depois voltar a levar. Tinha-os guardado para algo de útil como guardar o lixo ou a roupa suja. Isto foi motivo para discussão. É engraçado que nos sonhos bato e mordo na minha mãe com a raiva! Na realidade não passamos de palavras. No meio da discussão ela insultava-me e chegou mesmo a afirmar que foi por atitudes como estas que a minha avó morreu de ataque cardíaco. Eu contra-argumentei dizendo que nessa fatídica data eu era ainda uma criança e que até poderíamos estar a brincar. Voltei a acordar sem ouvir o som do despertador do telemóvel com a música do Gato Fedorento.

Ainda adormeci mais uma vez mas nada sonhei até o despertador tocar. Já chegava de sonhos estranhos.

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