Aconteceu curiosamente num evento familiar.
Uma das cantoras que mais admiro é a sueco-norueguesa Elisabeth Andreassen, também conhecida como “Betan”.
Quem como eu é entusiasta da Eurovisão conhece muito bem uma das suas maiores figuras de todos os tempos. Ela participou por quatro vezes no festival e venceu em 1985 com o tema “Let it Swing”.
A sua participação na Eurovisão começou em 1982, ainda representando a Suécia, país onde nasceu. Ficou em oitavo lugar com a sua banda- “Chips”.
Participou ainda nos festivais de 1994 e 1996, tendo ficado respetivamente em sexto e segundo lugar. Em 1996 perdeu o concurso em casa para a irlandesa Emeer Quinn que fez uma das melhores exibições de todos os tempos na eurovisão. Elisabeth, a jogar em casa, fez igualmente uma exibição de levantar o estádio ou a arena, desta vez a solo. Não chegou para a vitória.
Desde aí, e tropeçando por acaso com outras canções da cantora escandinava, apercebo-me que estamos na presença de uma cantora muito versátil que canta de tudo e não perde qualidade. Evoluiu muito ao longo dos tempos e eu comecei a questionar por que é que ela não conseguiu projeção internacional. Cheguei á conclusão que ela gosta de ver o seu público. Privilegia cantar ao vivo e para plateias mais curtas, não se importando de por vezes atuar em salões de coletividades culturais e recreativas. Para ela a música é arte pura.
Depois desta breve apresentação para os menos familiarizados, vamos ao que interessa.
Estávamos num evento com muita gente. Estávamos ao ar livre. Havia mesas com comida por todo o lado e muita cor, muita alegria.
Identifiquei muita gente da minha família por ali. Cada vez chegavam mais e mais pessoas.
Foi então que me disseram que, algures por ali, estava a Elisabeth Andreassen. Eu disse que não acreditava. Ela raramente se desloca ao Estrangeiro, por que carga de água viria ela a Portugal?
Insistiram. Eu perguntei onde a tinham visto. Então alguém me conduziu através da multidão até onde ela estava.
Ela trocou breves palavras comigo. Eu tive apenas tempo de lhe dizer que era sua fã. Ela prometeu falar comigo com mais calma, longe daquela confusão toda.
Curiosamente, ela passava despercebida no meio de toda a gente. Só eu é que a abordei, pelos vistos.
Estranho…