Um romance da escritora italiana Michela Marzano que é uma reflexão sobre o assédio e o abuso pelo qual as mulheres passam.
Muitas nem se apercebiam, de há uns anos a esta parte, que estavam a ser assediadas e a ver invadido o seu espaço por homens que, por o serem, julgam-se no direito de tratar as mulheres com subserviência.
Este livro coloca em causa todas estas questões. Por um lado dá ás mulheres uma arma poderosa de defesa que é o da denúncia deste tipo de comportamento, por outro leva os homens a pensar duas vezes antes de colocarem as mãos em sítios inapropriados e em lançar frases sexistas.
Também há os casos de mulheres que se servem desta poderosa arma para simplesmente arruinarem um chefe, um antigo namorado ou alguém que queiram prejudicar. Mesmo que tenha havido consentimento na relação. Em último caso, nada aconteceu. Também há desses casos.
Mas o que se entende afinal por consentimento? Uma mulher pode ir jantar com um homem, tomar um copo. Com isso não está a consentir que se vá mais longe. Mesmo que uma mulher vá para a cama com um homem por consentimento, isso não significa que ela vai concordar com tudo o que acontecer nesse momento íntimo.
Aqueles casos mediáticos de que muito se ouve falar têm para mim um sentido ambíguo. Primeiro começo por questionar por que é que, só ao fim de alguns anos, estas histórias vêm a público já depois dessas atrizes ou modelos terem atingido o estrelato.
A questão das violações e a culpa ser da mulher. Está bem que a mulher deve andar vestida conforme lhe aprouver mas há mulheres que andam na rua mesmo a pedi-las. Eu vejo muitas raparigas novas que pouco falta para saírem de casa nuas. Mas isso sou eu que não gosto de andar assim enfeitada.
Há que saber distinguir o normal do abusivo. Formar mulheres é fundamental, nomeadamente na violência e no assédio. Saber comunicar é essencial.
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