E por falar em escritores e seus mundos particulares…
Este é provavelmente um dos livros mais fraquinhos de Stephen King. Já aqui tive oportunidade de dizer que Stephen King é muito melhor em conto do que em romance, pois tem a tendência a divagar e a se perder um pouco em pormenores. Neste livro deve-se dizer que exagerou. Isso fez com que a narrativa por vezes não fluísse.
Basicamente, esta é a história de uma mulher que ficou viúva de um escritor. Ao fim de dois anos é que ela, finalmente, resolve visitar o escritório do marido. Scott era um escritor ao género de Stephen King.
Lisey apercebe-se que o marido tem comportamentos estranhos e por vezes desaparece inexplicavelmente. Ela traça um paralelismo entre o que acontece com o seu marido e a sua irmã Amanda.
Com um historial de loucura e maus tratos na família, Scott cria o seu próprio mundo para onde vai e se refugia. É graças a isso que ele consegue ter sucesso.
Lisey visita esse mundo também. Leva consigo a sua irmã Amanda.
Este romance, pode-se dizer, fala da ténue linha entre a loucura e a sobriedade. A linha é muito ténue e muitas vezes os escritores e os artistas em geral ultrapassam essa linha e entram nos cantos obscuros da sua própria mente.
Já não é a primeira vez que Stephen King aborda esta dicotomia entre mundo racional e mundo inconsciente de um escritor. Este livro é muito semelhante á “Metade negra”.
Descrevia Lovecraft o seu mundo que lhe servia de inspiração para escrever, para onde ia muitas vezes com recurso a drogas. Este mundo aqui descrito tem algumas semelhanças, por acaso.
Li praticamente estes dois livros muito próximos um do outro e deu para ver isso. Coincidência?
No comments:
Post a Comment