Tuesday, May 27, 2014

“Conspiração Mortal” (impressões pessoais)


E por incrível que pareça, esta obra continua a estar relacionada com as anteriores, senão reparem. Começámos com a história de um cientista que tinha uma técnica nova e revolucionária para curar doenças mas foi travado por um político que, vendo-se doente, resolve ele arriscar ser a primeira cobaia do tratamento. As coisas não correm bem. Depois pego num livro mais técnico sobre as cobaias humanas no Terceiro Mundo que correm risco de vida para o bem da Humanidade e continuamos agora ainda com experiências, sacrifício de alguns para o bem-estar de muitos e continuamos ainda mergulhados no cheiro asséptico de clínicas e laboratórios.

Desta vez Nora Roberts coloca a sua detective Eve Dallas a investigar o misterioso desaparecimento de órgãos dos corpos de sem-abrigo, prostitutas e alcoólicos. Todas estas pessoas estavam gravemente doentes e os seus órgãos não serviam sequer para transplante noutras pessoas. Segundo Nora Roberts, em 2059 teremos órgãos artificiais ou reconstituição em laboratório a partir do nosso ADN. Eu penso que a segunda alternativa até já existe há alguns anos mas deve ser algo muito experimental.

Intrigada com a sucessão de casos, Eve Dallas vai bem fundo na sua investigação e os criminosos engendram um esquema para a afastar do caso mas ela não baixa os braços enquanto não descobrir quem anda a roubar órgãos a desgraçados.

Bem, para 2059, os criminosos não precisam de sujar as mãos com sangue: mandam o belo do dróide fazer o serviço sujo. Ora pois!

Este livro funciona um pouco ao contrário. De entre as alternativas de suspeitos, desta vez temos de ver quem não está implicado no crime, não quem é o criminoso. Interessante. Assim acerta-se sempre. Tinha dois suspeitos e ambos estavam implicados. Brutal! E não eram só esses dois.

Mais uma vez, tenho a apontar o facto de momentos de romance quebrarem um pouco a acção da obra. Isso faz com que prefira, por exemplo, Tess Gerristen a Nora Roberts. Aliás, nota-se que Nora Roberts é uma romancista. É incrível como ela descreve nesta obra que acabo de ler uma cena passada…na morgue.

Quebras de acção aparte, esta obra foi mesmo muito boa.

Segue-se um tema que me suscita grande curiosidade. Vou para a literatura nacional, sem ser de ficção.


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