Wednesday, July 04, 2007

Solidariedade de Bueno

Chegou ao Sporting por empréstimo do Paris Saint Germain, onde não mostrou as credenciais pelas quais foi contratado e porque no ataque parisiense alinha um jogador chamado Pauleta. Contudo, o uruguaio Carlos Bueno pouco se tem visto também aqui em Portugal.

Já tive oportunidade de escrever algo neste espaço acerca do jogador do Sporting (ver texto “Bueno mau”) As críticas que comentadores como Joaquim Ritta iam fazendo às prestações desastradas do avançado eram hilariantes, tal como a sua própria exibição. Lembro-me particularmente do jogo entre o Sporting e o Bayern de Munique (que deu origem a esse texto) e do jogo em que os lagartos perderam com o Glorioso na sua própria casa, em que o referido comentador afirmou que na II Liga havia também jogadores abnegados como o uruguaio.

No entanto, num jogo em que o Sporting perdeu em casa com o Spartak de Moscovo (ver texto “Raispartak o vermelho”) Bueno marcou o que foi, até este sábado, o único golo ao serviço do clube verde e branco.

Esta jornada tinha a particularidade de ser solidária para com o Instituto Português de Oncologia. Toda a ajuda é pouca para uma causa como esta de ajudar uma instituição que convive com o sofrimento brutal de pessoas que tiveram a má sorte de padecer de um mal tão terrível como o cancro.

Cada golo que os nossos jogadores obtivessem valeria 500€ para o IPO. Havia que fazer um esforço e tentar marcar muitos. Quem não contribuiu para essa causa foi o Porto que perdeu com o Estrela da Amadora por 1-0. É a segunda derrota dos tripeiros, a quem as férias de Natal parecem ter feito pessimamente.

O Sporting partia para o seu jogo com o Nacional da Madeira com a informação do empate do Benfica e com a derrota do Porto. Havia que aproveitar. Seria uma oportunidade de ouro para a turma de Alvalade se aproximar dos rivais.

O Sporting até começou mal o jogo quando Bruno Amaro fez um excelente golo de livre. As coisas estiveram complicadas para os lados de Alvalade, mas no banco havia um jogador empenhado em ser solidário para com as vítimas de cancro e em mostrar no que é realmente bom.

Foi dessa arma que Paulo Bento se serviu para dar a volta a mais um jogo em que o Sporting parecia destinado a marcar passo.

E Carlos Bueno entrou em campo já no decorrer da segunda parte! O jogo nunca mais voltou a ser o mesmo. O uruguaio vinha mesmo inspirado e desatou a fazer golos de todas as maneiras e feitios. Pontos de interrogação e de exclamação tracejavam o rosto dos presentes nas bancadas e dos que assistiam ao encontro pela televisão. Eu já me ria. Um dos golos parece ter sido obtido de forma irregular, mas valeu e isso foi importante.

O jogo terminou com Bueno elevado a herói e com um triunfo indiscutível dos leões por 5-1. Quatro golos do trapalhão e tosco Carlos Bueno!

Corri para o quarto para ouvir os sábios comentários de Joaquim Ritta. Que iria agora o comentador da Antena 1 dizer de um jogador que marca quatro golos num só jogo. Ia ser demais!

Apesar de o jogador uruguaio ter marcado quatro golos (coisa rara num jogo de Futebol de alto nível) Joaquim Ritta não mudou o teor do discurso. É mesmo amiguinho do rapaz! Disse que foram golos fáceis de obter porque a defesa do Nacional estava muito maleável e que um dos golos foi marcado de forma irregular. Parece que Bueno se apoiou nas costas do argentino Avalos para fazer o golo de cabeça.

Eu pergunto ao senhor comentador da Antena 1 quantos golos é que Bueno tem de fazer num só jogo para cair no seu goto? Não menos de vinte, seguramente.

E lá foram dois mil euros direitinhos para a conta do IPO. Com este dinheiro a instituição poderá ajudar ainda mais crianças e adultos que merecem. Afinal Bueno é mesmo bom e tem um coração do tamanho do Mundo.

O céu estava cinzento e chuviscava. Estava menos frio. Vinha a pé para casa. Mais um fim-de-semana estava aí para eu curtir um pouco. Ao chegar à Moita, a chuva tornou-se mais intensa, apesar de ser miudinha. Parou uma carrinha. Era o irmão do Paulo Adriano que vinha com outro senhor da minha terra e me deram boleia até casa. Ainda bem! Se não tivesse tido boleia, apanhava uma molha de certeza.

Os gatos continuam a sua saga. Mong regressou a casa, mas exibe umas lesões (ver próximo texto). Por seu lado, o gato Léo teimava em andar do outro lado da estrada. Se tem o azar de atravessar na hora errada, há problemas e eu tenho de aturar a choradeira da minha mãe que é doida por esse gato.

À tarde foi passada a dar uma arrumação no computador. Havia um CD que tinha qualquer coisa que eu precisava muito. Andei uma eternidade à procura dele. Foi tempo perdido. Podia estar a fazer outra coisa mais útil. Por fim, lá o encontrei. Já estava bem chateada.

Como acima referi, o Porto voltou a perder. Desta vez sofreu uma derrota em casa com o Estrela da Amadora. Anselmo, que veio do banco, marcou o golo que a turma da Reboleira sempre ameaçou marcar ao longo de todo o jogo. Se as férias de Natal existiram para lixar o Porto, que façam sempre isso todos os anos!

Situação do dia:
Ia a entrar na camioneta e mandei uma cabeçada no tecto. Aquilo era um expresso e tinha um andar de cima que é muito baixo quando se entra.

Bacorada do dia:
“José Fonte tem centímetros que nunca mais acabam.” (O Homem de Elástico!)

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