Saturday, July 07, 2007

Os transportes públicos que temos


Enquanto esperava pela ida à “selva”, o autocarro 29, fui reparando nos autocarros, expressos e camionetas que iam parando na paragem da Rodoviária para descarregarem os passageiros.

Portugal deve ser o País da União Europeia onde a frota de transportes públicos está mais degradada. Havia aí autocarros que vieram mesmo da sucata da Suécia para ainda circularem nas nossas estradas por mais uns anos. Os nórdicos com transportes novinhos em folha e nós, pobres lusitanos, com aquilo que eles não querem mais.

Por algumas vezes a camioneta que nos devia levar para Coimbra não apareceu por ter avariado algures entre Albergaria e Águeda. Depois a Rodoviária não soluciona o problema dos passageiros que têm de estar a horas no médico e no trabalho. É demais!

Por outra vez, a camioneta da TRANSDEV avariou já em Anadia e, a poucos quilómetros da paragem. Esperámos por outra. É que os outros passageiros ainda tinham de ir para Albergaria.

Uma tarde, a camioneta atrasou-se imenso. Chegou aí um quarto de hora atrasada e o motorista ainda disse que tinha de trocar de viatura. De facto, a que ele trazia, veio em marcha lenta virada a Coimbra. O motor, ou lá o que era, fervia. Parecia pronta a explodir. Eu estava ao pé dela. Era um braseiro lá e, de vez em quando, o motor rugia e parece que deitava fumo. Recuei para trás, não fosse a camioneta explodir. Quando o condutor arranjou novo autocarro, levou aquele em marcha fúnebre para longe. Ela emitia um som medonho. Ameaçador mesmo!

A camioneta que ele arranjou para substituir aquela também não gozava de boa saúde e o condutor barafustava perante a inquietação dos passageiros que viam o veículo ameaçar parar a qualquer instante.

O condutor protestava contra o mau estado da frota e contra os seus superiores que nada faziam. Do mau estado dos veículos, imediatamente passou para problemas laborais. Segundo ele, tinham-lhe garantido que aquela camioneta estava em bom estado. Se calhar comparada com a outra. Parece que o motorista não podia pensar sequer em travar a fundo.

Na cidade de Coimbra circulam choças amarelas e brancas que há muito deviam estar a gozar a sua reforma dourada. Há autocarros que não abrem ou não fecham as portas, autocarros com os sinais de paragem avariados, bancos estreitos ou degradados, autocarros em que chove tanto lá dentro como na rua. Há de tudo a circular pelas também degradadas estradas portuguesas que também não merecem melhor.

A manhã estava fria e com algum nevoeiro. O Sol apareceu mais tarde.

A minha manhã de trabalho decorreu dentro da normalidade. Apenas uma ligeira confusão, mas não foi nada comigo. Adiante irei contar mais alguma coisa sobre isso.

Quando fui almoçar, havia uma anormal fila de trânsito devido a qualquer acidente ou obras. Já me ia atrasar. De certeza!

Consta que não tenha feito disparates ao longo da tarde. Espero que a fonte das asneiras tenha secado na passada sexta-feira.

A ficha de pendurar um dos secadores de cabelo estava a abanar e eu tive medo de pendurar lá o secador porque ele podia cair no chão e partir.

Mandaram-me guardar um saco de compras do Pingo Doce bastante pesado. Agora os sacos custam dois cêntimos e toda a gente opta por concentrar o maior número possível de produtos num só. É até mais não poder! Eu também faço o mesmo.

Mais uma criança com aversão à água! Eu quando era miúda também não gostava nada de ir à água. Agora adoro piscinas e mar da Praia de Mira. Só não vou a esta piscina porque ainda não calhou e porque fico sem um almoço em condições para depois ter força para fazer o meu treino de Atletismo.

A tarde ficou igualmente marcada por mais um livro que eu concluí- “O Códice Secreto” de Lev Grossman. Gostei menos deste livro que do anterior. A história era menos interessante e havia mais tempos mortos. O final também não teve muita piada. Um final em condições para esta obra seria o duque descobrir tudo através do livro e os personagens ficarem juntos a gozar os louros da sua árdua descoberta. Assim não teve piada. O que eu achei de mais interessante foi a analogia entre o jogo de computador que o protagonista jogava e a sua vida real. Através do jogo ele obteve pistas para encontrar a obra.

O meu colega apareceu no treino e acompanhou-me a rolar. Fomos conversando enquanto corríamos sobre determinados assuntos, sendo um dos quais o programa “Grandes Portugueses”. O “Gato Fedorento” também mereceu destaque. Parecendo que não, já tinha dado quinze voltas à pista. Também não íamos depressa porque ele não treina regularmente agora.

Fui para casa depois de ter feito alongamentos e de ter tomado um banho bem quente. Havia que trocar a roupa da minha cama e experimentar um dos pijamas bem confortáveis que comprei no passado sábado no Mercado de Anadia.

Dormi bem quentinha. Adeus frio!

Situação do dia:
A mesma avozinha que no outro dia se virou a discutir por a minha colega a ter mandado trocar o calçado no corredor, armou uma discussão ainda maior. Até foi preciso o Director da Piscina intervir e argumentar com ela sobre a necessidade de ser obrigatória a troca de calçado. A senhora teve o azar de ter visto um monitor sair distraidamente para a rua para fumar um cigarro com umas sobrebotas azuis que são usadas para colocar sobre o calçado para que este não contamine o chão. O mote para a discussão foi dado, simplesmente com esta pergunta: “mas os micróbios da rua não são os mesmos de lá de dentro?” Sorri. Com esta aparentemente inofensiva pergunta, a senhora acabou por incendiar os ânimos.

Bacorada do dia:
“Cacifo” (Ficheiro)

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