Tuesday, January 31, 2017

Tentando repetir o irrepetível

Quando acordo e estou largo tempo sem voltar a adormecer, é meio caminho andado para sofrer um episódio de paralisia do sono.

Já lá vai o tempo em que temia tais episódios. Desde que fiquei a saber o que era e que, afinal, até se podia tirar partido desse estado em que o cérebro nem está acordado nem a dormir, tento repetir o que se passou em 2012, numa fria noite de outubro, numa altura em que eu buscava algo diferente e obtive-o.

Dessa noite em diante, muitas experiências mais ou menos significativas vivi mas nenhuma como aquela.

Esta noite escreveu-se mais um episódio também interessante. Tenho andado a dormir mal por causa da gripe que me assolou na passada semana. Não conseguia voltar a adormecer e eram quase três da manhã. Tinha a impressão de ouvir pássaros a cantar lá fora. Não eram corujas ou mochos, eram mesmo pássaros iguais aos que costumam andar de dia na rua.

A certa altura, pareceu-me ouvir uma rajada de vento solitária a abanar a janela. Sobressaltei-me. A esta, não se seguiu outra. Pensando bem, já estaria a dormir?

O episódio de paralisia de sono surgiu. Logo me tentei lembrar do que tinha feito da outra vez. Não resultou. Apenas fui dar a um local onde sei que entrei por uma janela. Provavelmente a um quarto escuro onde alguém estaria certamente a dormir. Talvez tenha mesmo ido ao meu quarto lá em casa. Não deu bem para ver. Apenas tive de passar duas janelas. Nada de extraordinário. Não vi ninguém.

Regressei ao meu quarto. Já devia ser tarde.

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