Thursday, July 24, 2014

Nem uma palavra, nem um gesto

Estes últimos dias têm sido de grande azáfama. Depois das férias houve que colocar tudo em ordem. Sentia-me cansada mas demorei alguns minutos a adormecer. Na rua, alguém se exprimia com modos um tanto ou quanto ríspidos. Foi ao som dessas inflamadas palavras que adormeci e entrei no mundo dos sonhos.

Basicamente, nos meus sonhos pairava a ameaça, o perigo, algo iminente e maléfico que eu não sei de onde vinha. Ultimamente tem havido este registo onírico bem curioso e intrigante.

Sonhei que um amigo meu era presidente da ACAPO e que, alcançado o Poder, se alterou de tal maneira, que impunha ali um regime ditatorial. Os restantes teriam de se comportar como ele queria, sob pena de morrerem de morte violenta.

Havia uma festa ou outro evento qualquer num local onde estávamos alojados. Nada de palavras ou de gestos que pudessem demonstrar o que estávamos a sentir e nada de contar aos outros o que se estava a passar. Era assim que se vivia. Não podia disfarçar a minha tristeza e os outros notavam-no. Aquela situação tinha de acabar.

Apareceu a assistente social da ACAPO e eu resolvi tentar a minha sorte e contar o que se estava a passar. Resta dizer que me mantive trancada no quarto, juntamente com uma colega minha que também denunciou a situação, mas sempre de olho na porta, não fossem entrar sem bater.

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