Uma reflexão sobre o nosso lugar neste nosso planeta tão vasto.
O que é ser o outro? Nas aulas de filosofia ou sociologia, aprendi um conceito chamado relativismo cultural. Os seres humanos são o resultado de um conjunto de fatores: climatéricos, sociais, demográficos, políticos, religiosos…
Mas afinal quem está certo ou errado? Os europeus ou ocidentais? As tribos de África? Os índios na amazónia? As civilizações da América do Sul destruídas pela colonização?
Cada um destes povos tem realidades diferentes. Na era do digital e da globalização, procedeu-se a uma assimilação e a uma porta aberta para diferentes usos e costumes. Se numa primeira fase até se achou curioso outras pessoas terem costumes tão diferentes dos nossos, agora vive-se uma certa apreensão com esses mesmos usos e costumes que podem entrar em rota de colisão com o que temos como dado adquirido na nossa realidade.
O desconhecimento e o medo de conhecer o outro ainda imperam nos dias de hoje, mas é um medo diferente do que existia aquando dos Descobrimentos. É o medo de que o outro nos venha a subjugar, a nos privar das nossas liberdades e direitos. O medo da insegurança, da criminalidade. O medo inconsciente de perder a identidade.
Eu, por mim, gosto sempre de perceber o que diferentes povos
fazem, como vivem, o que comem, o que bebem, as suas músicas, os seus livros. Para
mim não há nada melhor. Também gosto de contactar com diferentes povos mas
também não aprecio que eles passem determinadas barreiras, embora eu perceba
por que é que isso acontece.
A globalização e a compreensão do outro tem os seus prós e os seus contras, tal como tudo na vida. Na minha opinião, há vantagens maisdo que desvantagens. Cabe ao outro também respeitar a minha cultura, os meus costumes, o meu modo de viver, tal como respeito o dele.
Já imaginaram que hoje mesmo o que comemos está mais de acordo com um mundo globalizado. Antigamente quase que tínhamos de ir à China ou á Índia para degustarmos pratos dessas regiões. Agora mandamos vir de tudo de todo o lado. As diferenças esbatem-se.
Na rua ouvimos falar tanto outras línguas, como o Português. Também nós viajamos, também nós temos como local de trabalho o mundo inteiro. Temos de pensar que, se pessoas de outros lados vivem e trabalham por cá, também nós emigramos para outros países e também nós para os habitantes de lá somos os outros.
Para ler e refletir.
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