Thursday, September 25, 2014

O piquenique

Este post é um dos candidatos a post do ano 2014, sem dúvida nenhuma. Ao contrário do que inicialmente possa parecer, não trata da descrição de mais um sonho louco. A estranheza deste relato vem daí mesmo. Eu não estava a dormir, estava a fazer meditação depois de mais um dia de trabalho. Mas algo de estranho aconteceu porém. Passo a contar:



Colocando o vídeo musical que segue acima neste post e que foi o primeiro que me apareceu no Youtube, comecei por relaxar para fazer a meditação como sempre. Depois iria fazer Reiki. Como se pode comprovar, este vídeo tem várias músicas, não tem uma só como alguns que eu já tenha utilizado para o mesmo efeito.

Nas meditações, eu sempre deixo a minha mente vaguear para longe do espaço onde me encontro, sempre ao sabor da música. A primeira música levou-me para um pôr- do -sol numa praia deserta, com muito pouca gente. Sentada à beira-mar, ia olhando o horizonte em tons alaranjados. Uma bela paisagem com jogos de luz e sombra que me fazia sentir uma enorme paz de espírito. Tudo normal até aqui. Mais estranho foi onde a minha mente me levou quando terminou a primeira música e começou a seguinte.

Com a mesma roupa que trazia (calções azuis e t-shirt laranja) fui transportada para o campo num belo dia de Sol e temperatura agradável. Escolhi a sombra de uma árvore frondosa que nos dava uma bela sombra e poisei um cesto no chão. De lá tirei duas toalhas daquelas bem portuguesas aos quadrados. Uma era azul e branca e a outra era vermelha e branca.

Do cesto fui tirando das mais deliciosas iguarias. Um saboroso queijo da Serra foi o primeiro produto alimentar que tirei do cesto. Depois tirei pão de cereais, presunto, algumas variedades de compota, doces variados…tudo isto ia dispondo em cima das duas toalhas até elas ficarem cobertas de alimentos.

À roda das toalhas havia um numeroso grupo de homens, a única mulher era eu. Estes homens tinham uma particularidade interessante- eram das mais variadas etnias e proveniências. Havia-os da Europa do Leste, de Portugal, da América Latina, da África Negra, do Brasil…todos comiam alegremente o manjar que eu lhes ia servindo.

Deixei a minha mente vaguear mais um pouco e aí é que surgiu o inesperado. Retirei uma enorme bilha vazia do cesto e enchi-a com vinho tinto de um garrafão de cinco litros. Só que, a Toupeira Dum Raio encheu demais a bilha e ela transbordou para cima da toalha vermelha e para cima de pão de forma que ali estava nas imediações. Lembro-me de ter esboçado um sorriso. Isto foi estranho porque eu não gosto de vinho tinto, nem do cheiro dele. Jamais lhe tocaria. Também não o estava a beber, diga-se de passagem. Estava-o a servir a um grupo de homens que ali estavam a confraternizar ao ar livre.

Depois concentrei-me em cada um deles. Um envergava a sua farda de trabalho da minha entidade empregadora. Outros vestiam roupas leves como eu, alguns estravam de tronco nu e havia quem envergasse equipamentos desportivos.

Aquela música terminou e a seguinte levou-me até uma oficina de cerâmica onde eram delicadamente pintadas algumas peças de barro. A outra levou-me novamente ao campo mas aí eu caminhava sozinha.

Transportada de novo para a cadeira em que me encontrava sentada, ainda incrédula com o rumo da minha mente, passei para o Reiki.


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