Wednesday, December 07, 2022

A força do coletivo

 

Quando foi anunciado o onze de Portugal frente á Suíça e se viu que Cristiano Ronaldo iria ficar no banco, caiu o Carmo e a Trindade, o Mundo desmoronou, comentadores coraram por o capitão ficar de fora pela primeira vez num jogo tão importante em muitos anos.

 

Muitos rios de tinta foram gastos em apenas escassos minutos, muita saliva foi gasta em  minutos de comentários televisivos que pareceram  horas. Quase que a presença de Ronaldo no Banco era assunto de lesa pátria.

 

Mas a bola começou a rolar. Nem Fernando Santos alegando razões estratégicas para a sua tão polémica escolha sossegou as hostes. Somente a bola a entrar na baliza e logo pela lavra do jogador que teve a responsabilidade de substituir a lenda acalmou aqueles corações palpitantes.

 

Gonçalo Ramos não marcou apenas um golo, marcou três. Fernando Santos saiu por cima. A escolha correu na perfeição e a Seleção De todos Nós estava mais solta, mais alegre, mais desinibida. Sem a amarra e a responsabilidade de passar a bola ao Ronaldo para só e apenas ele finalizar em busca de recordes.

 

A seleção continuará depois de Ronaldo pendurar as botas. Temos excelentes jogadores, como se viu neste jogo.

 

Já é tempo de pensar uma nova forma de jogar. Uma forma que privilegia mais o coletivo, uma máquina bem engrenada para fazer estragos nas balizas adversárias.

 

Surpreendentemente vamos jogar com Marrocos que, teoricamente, será uma equipa mais acessível do que a Espanha com quem já nos mentalizávamos que íamos jogar. Felizmente as surpresas no futebol ainda acontecem.

 

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