Ao que parece, esta obra ainda foi escrita antes do 11 de
Setembro. O que depois se seguiu terá reacendido esses velhos medos aqui
espelhados e abordados nesta obra.
Todo um mundo que eu conhecia vagamente me é mostrado nesta
obra. Eu achava surreal alguém pegar deliberadamente em vírus e bactérias e
despejar para cima do inimigo. Esse seria o pior pesadelo da Humanidade.
A verdade é que, no tempo da Guerra Fria, os Soviéticos
fabricavam propositadamente toneladas e toneladas de vírus e bactérias letais. Os
Estados Unidos desinvestiram mas alguns laboratórios continuaram-nos a
produzir. Com o fim do Bloco Soviético, as preocupações começaram-se a prender
com terroristas que pudessem recorrer aos serviços de cientistas soviéticos que
fabricaram micróbios durante todas as suas vidas. Afinal, os terroristas,
enquanto se preocupavam com as armas biológicas, acharam um modo mais simples
de espalhar o caos- enviando aviões normais de passageiros contra o World Trade
Center. Não houve CIA nem FBI que previssem isso. Em contrapartida, sonhavam
com ataques levados a cabo com carbúnculo.
Depois do 11 de Setembro, muito se ouviu falar de
carbúnculo. A histeria nos Estados Unidos atingiu níveis consideráveis mas um
ataque terrorista com armas químicas ou biológicas em alta escala talvez seja
difícil de acontecer. Nos anos que se seguiram ao 11 de Setembro, as bombas e
os explosivos convencionais ainda continuam a estar no topo das preferências
para destruir. Agora até bastam entrar dois ou três indivíduos num local com
uma simples arma e começar cegamente aos tiros. Carbúnculo? Para quê?
Se calhar ainda há-de chegar o dia em que os Americanos
morrerão de medo que aconteça um cenário como o descrito em “Eu Sou A Lenda”. Nessa
obra, uma estranha doença atacava toda a população, matando as pessoas que por
sua vez se transformavam em vampiros. Ficou apenas um Ser humano.
Não dêem ideias aos cientistas loucos!
No comments:
Post a Comment