Thursday, August 26, 2010

O homem mais bonito que alguma vez vi

Não houve tempo de apontar o que quer que fosse para posteriormente colocar neste espaço. Muitos dos sonhos que tive nesta altura de férias na praia, em que se dormia muito mais do que habitualmente, não foram registados, por incrível que pareça, apesar de ter levado o caderno. Quanto menos se faz, menos se tem vontade de fazer.

Lembro-me de ter sonhado que me calhou algum dinheiro no Euromilhões ou no “Quem Quer Ser Milionário” mas o sonho que tenho mais presente é este que passo a descrever.

Era uma altura em que o Ciclismo Tandem na ACAPO tinha voltado em força. Estávamos a fazer uma espécie de Down Hill por um trilho algo íngreme. Apesar de a estrada já estar alcatroada, havia um trilho que ainda apresentava pedras de elevado grau de perigosidade. Todos nós envergávamos t-shirts brancas. Uma prova das antigas com todos os protagonistas do passado e do presente.

Havia, no entanto, um pequeno problema- o do costume, diga-se- não havia guias para tanta gente que ia participar. Eu era uma das pessoas que não tinha guia. Foram então arranjados dois voluntários à pressa. Foi aí que...

Segundo li num livro há uns tempos, quando uma mulher sonha com homens trata-se do seu animus, ou seja, a parte masculina dela a falar através do seu subconsciente ou algo assim. Se uma mulher sonha com um grupo numeroso de homens e eles são bandidos ou algo assim é porque o seu animus não se encontra de boa saúde. Se são homens bons, passa-se o contrário e a mulher está em paz com o seu subconsciente. Se acaso sonha com um homem bastante agradável...

Bem, que dizer deste? Se ele existisse...Tratava-se de alguém que eu não conhecia verdadeiramente. Por vezes nos sonhos tanto aparecem pessoas que conhecemos, como aparecem perfeitos desconhecidos, tal como neste caso.

Foram-me apresentados dois jovens. Um deles era português e chamava-se Luís Filipe. Não seria talvez o que joga no Benfica e esse já é um conhecido meu. Era muito parecido, por sinal. Tratava-se de um jovem com aparência normal, até porque o que estava ao lado passava das medidas.

O outro tinha um nome estrangeiro. Julgo até que o primeiro nome era italiano, algo semelhante a Pierpaolo. Do apelido não me recordo. Era alto e tinha uns cabelos louros como os nórdicos, lisos e macios. A sua pele era branca também como a dos nórdicos. Mais parecia um nórdico e não um homem do Sul da Europa.

Olhava-o como se tivesse esquecido tudo o que me rodeava. A sua imagem penetrava bem fundo no meu espírito. Apresentava-se elegantemente vestido com umas calças pretas e uma camisa em tons de verde e cinzento. Enquanto o olhava sem proferir uma palavra, tinha a noção que jamais na vida tinha visto alguém tão belo.

Olhava-o com grande intensidade quando acordei. Que desilusão! Era apenas um sonho. Na cama ao lado ressonava ainda a minha irmã.

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