Wednesday, August 25, 2010

Coisas aparentemente inúteis

Deito-me tarde. Quero deixar o blog devidamente actualizado para quando for de férias. Esta semana não tenho tido mãos a medir para recuperar de um atraso considerável. Estou quase a terminar os meus intentos. Este esforço está a valer a pena.

Cerca de seis horas de sono, com este calor e tudo, ainda dá um tempinho jeitoso para sonhar com alguma coisa. Nem que me lembre apenas vagamente do conteúdo dos sonhos.

Havia uma personagem que era, por assim dizer, uma mistura entre a minha chefe, a minha vizinha e a minha senhoria. Essa criatura tinha o hábito de coleccionar tralha. Já éramos duas. Eu também adoro estar rodeada de todo e mais algum tipo de coisas. Poderíamos ser grandes amigas, não fosse o facto de ela possuir coisas minhas e dizer que as achou.

Num amplo terraço onde havia roupa a secar, havia caixotes com livros e jornais, roupa, mesmo muita roupa e outros objectos. Eu conheci alguns. Até os meus óculos estavam no meio da tralha. Ela não mos queria dar. Tinha-os perdido há tempo e entretanto já havia comprado uns novos. Ainda queria aqueles para a eventualidade de acontecer alguma chatice com os novos. Ela não estava pelos ajustes em devolver todas as minhas coisas, principalmente os meus óculos que não lhe serviam de nada.

Outra figura extremamente teimosa na vida real é o meu pai. Neste sonho também aparece assim a resmungar. Era uma sexta-feira à tarde e havia um jantar de benfiquistas no Luso. Consta que Luís Filipe Vieira iria marcar presença. O meu pai também ia e não se queria atrasar por nada. A minha mãe ainda lhe pediu que o levasse não sei onde, pois estava imenso calor. Equipado a rigor com as cores do Glorioso, o meu pai armou uma das suas desordens e disse que a motorizada não era nenhum táxi.

Acordei com o barulho que vinha do corredor mas depressa voltei a adormecer. Já estava de dia e não tardava que os despertadores tocassem. Terá sido uma meia hora ou um quarto de hora apenas de sono mas deu para sonhar que estava tudo avariado na minha mesa-de-cabeceira. Havia um curto-circuito e não podia ligar nada. Uma luz azul ou roxa, como um relâmpago, surgia da tomada e ameaçava-me com um choque eléctrico caso eu tocasse nas coisas.

Quando acordei, agarrei o telemóvel com convicção e sem medo para o desligar. Tive de acender o candeeiro e também o rádio. Não aconteceu nada. Fui à minha vida.

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