Thursday, April 03, 2008

A morte anunciada da Avozinha

Já há muito que se aguardava a morte da Avozinha de Vale de Avim. Era assim conhecida por ter participado no programa da RTP 1 “Praça da Alegria”.

A Avozinha estava internada no Hospital de Anadia com uma doença que lhe provocava um sofrimento e uma qualidade de vida inaceitável para qualquer Ser Humano. A morte era esperada. Ninguém merecia sofrer nestas condições.

Não sei como é que Deus pode ser tão cruel ao enviar este tipo de enfermidades que corroem os órgãos vitais e fazem com que o Homem morra lentamente depois de ter sofrido para além dos seus limites. É uma das coisas que eu não percebo.

Deus me livre desse tipo de praga que vai alastrando pela nossa sociedade e que torna as condições de vida dos doentes terminais bastante desumanas. Morro de medo de cancro. Tenho mais medo da doença cancerígena que da própria morte.

Todas as pessoas que padecem dessa enfermidade sofrem imenso sem nada terem feito para merecer tal provação. Mesmo os que conseguiram lutar contra esta praga dos nossos dias têm uma longa história de batalhas sofríveis para contar. É horrível!

Naquela tarde contava-se no lugar de Vale de Avim que a Avozinha estava sob um sofrimento atroz e que a morte seria o caminho para acabar com aquela situação provocada pelo cancro.

Nessa noite havia um clima estranho no lugar de Vale de Avim. Havia aves de rapina a sobrevoar os céus escuros. Nada de estranho! Esse tipo de aves sempre anda por aí. Mas nessa noite era diferente.

Ia para colocar a chave na porta do escritório. Do lado da casa da Avozinha ouviam-se uivos de dor de alguns cães. Imediatamente percebi que agoiravam o previsível e aguardado fim da Avozinha que já não fazia nada neste Mundo senão sofrer de forma desumana. Cheirava a morte lá para cima. Não me preocupei. Sabia o que se estava a passar e até era de agradecer a Deus a vinda da morte para a Avozinha para a livrar de todo aquele penar.

A esperada notícia espalhou-se pelo lugar logo às primeiras horas da manhã. A Avozinha havia deixado de sofrer as agruras daquele maldito cancro que a corroía. Os familiares e amigos suspiraram de alívio por não a voltarem mais a ver sofrer. Pode ser que onde ela esteja agora seja recompensada pelos últimos dias de vida em que sofreu para lá da compreensão humana.

Ainda tentei dar um jeito na Internet de modo a trazer a actualidade do Mundo do Ciclismo. Nada feito! Mas nem se pense que vou ficar sem dar toda a informação do que se passa. A solução passa pela falta de actualização do blog que permite que eu agora procure no arquivo o que se passou.

O que estava na ordem do dia era a preparação das Clássicas de Primavera. A Rabobank preparava com limitações de lesões e de gripes a sua participação nestes eventos. Oscar Freire era a principal esperança para vencer algumas dessas provas.

Estive a estudar um pouco. Não havia Futebol para o Campeonato. Houve apenas um jogo em atraso a contar para a Taça de Portugal em que o Braga derrotou o Varzim por 2-0. O herói desse jogo foi o brasileiro Maciel que apontou os dois golos dos arsenalistas.

E lá tinha eu de levar os textos para colocar na Internet em Coimbra. Então pois!

E estava lançada mis uma semana de novas aventuras e peripécias.

Situação do dia:
A minha mãe correu tudo mas mesmo tudo à procura do podão. Queria cortar uma lenha para pôr no lume e a dita ferramenta não dava sinal de vida. A minha vizinha ia a passar por uma zona do nosso terraço e pisou qualquer coisa que fez barulho. Sem querer havia achado o podão que estava debaixo dos seus pés. A minha mãe ficou admirada de o utensílio de cortar lenha aparecer ali sem querer quando ela passou horas a procurá-lo.

Bacorada do dia:
“Vou dizer que sou uma mulher à moda antiga.” (De referir que isto foi proferido por um colega meu não sei a que propósito.)

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