Friday, April 04, 2008

Era um chapéuzinho bem grandinho aos quadradinhos amarelinhos





Aquela manhã aparentemente fazia adivinhar um dia bonito com Sol, Céu azul e temperaturas amenas. No entanto, à medida que o dia ia avançando, o Céu começava a escurecer cada vez mais e a chuva era uma ameaça real. Além disso, começou a soprar um vento forte e esquisito de que não estava a gostar nada.

Eram cerca de três da tarde quando a prometida chuva apareceu. Ainda tinha esperança de que ela passasse até à hora de eu ir para as aulas. Se aquela chuva não passasse apanharia uma monumental molha a caminho da Faculdade de Letras.

A chuva caía lá fora com gotas cada vez mais grossas. E agora?!!! Não tinha sequer um guarda-chuva. Apenas o meu blusão impermeável me poderia atenuar uma molha valente.

Ainda tive esperança de a chuva passar quando eu ia para sair, mas ela regressou ainda com mais intensidade. Não tive outro remédio senão levar um guarda-chuva emprestado. Estavam lançadas as bases para uma emocionante aventura.

O guarda-chuva era enorme e aos quadradinhos (ver foto). O tempo estava agreste demais. Soprava um vento que quase nos levava. Existem muitas árvores no percurso. Como se não bastasse o vento quase levar o chapéu pelos ares, ainda ficava encalhado entre as árvores e eu molhava-me toda.

Como o guarda-chuva não era meu, tinha medo de o estragar mas nada podia fazer contra o vento e as árvores. Sempre que o chapéu aos quadradinhos encalhava em alguma árvore ou quase era virado do avesso pelo vento, eu ia rindo que nem uma perdida. As poucas pessoas que se atreviam a andar na rua com aquela intempérie olhavam-me de lado.

Como se não bastasse a rábula do guarda-chuva, ainda tive um outro problema. Os passeios estavam molhados e escorregadios. Pensei que não chegava à Faculdade sem enfiar uma valente queda por causa daquele guarda-chuva e por causa do passeio molhado. Escorreguei por duas ou três vezes e passei a seguir com mil cuidados para chegar sã e salva à aula.

Acabei por chegar sem problemas ao meu destino. Para contar a quem queira ler esta hilariante aventura resta lembrar a tarde em que trazia um chapéuzinho bem grandinho aos quadradinhos amarelinhos que pedi emprestado na Piscina e que deu origem a uma viagem bem divertida desde Celas até à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Passamos para outra história. Esta surge do mundo dos meus sonhos e só não é o tema principal deste texto porque surgiu esta intempérie e tudo o que a ela esteve divertidamente associado.

Mas este sonho também é bem divertido. Digo eu! Ia a pé (ou vinha) entre Vale de Avim e a Moita. Saído de uma relva muito verde surgiu um cão feroz ou uma raposa que me mordeu. Fiquei passada. Naturalmente que fiquei.

O meu pai parece que vinha ao meu encontro e surgiu não sei de onde para matar o animal com...a minha pen drive que numa operação onírica se transformou numa arma branca bem afiada.

O meu pai lavou a arma improvisada que estava ensanguentada mas não ma queria devolver. Eu bem o tentava convencer de que a minha pen tinha os meus trabalhos e outros ficheiros bastante importantes para mim. Nem assim me queria devolver o seu novo canivete.

Acabei por não ir trabalhar nessa manhã porque não deu tempo. Encontrei um antigo colega nosso que o ano passado desistiu. Ele está disposto a regressar à formação. Isso é bom para ele que estava bastante desmotivado o ano passado e ninguém o convenceu a continuar. Nós ainda tentámos!

Da parte da tarde passava música anormalmente interessante na aula de Hidroginástica. Estava a curtir aquele som!

O meu relógio é que anda a ficar passado. Não sei o que se passa. Anda a pedir para descansar.

A aula também decorreu com alguns episódios bem curiosos. Aliás, este dia foi repleto de situações completamente hilariantes. É para compensar os dias em que nada se passa para além da habitual rotina. Hão de ler o texto seguinte que é disso exemplo.

Bem...no nosso CD de exercícios havia um texto que não estava do início. Na parte oral estava do início, nas não estava escrito do início. Nem tudo é perfeito. Ainda vamos voltar a esta aula para contar o mirabolante episódio do site dos transportes.

Quando cheguei a casa Portugal vencia a Sérvia por 1-0. Tiago foi o autor do golo ainda nos primeiros minutos do jogo. Os balcânicos acabariam por empatar ainda antes do intervalo.

À semelhança do que aconteceu ontem, também em Belgrado tocou música enquanto o jogo decorria. Pelos vistos é moda nessas paragens! Relativismo cultural a funcionar aqui. Consta que os sérvios devem ser bons em desportos que incluam música na sua execução. Deveriam adorar a aula de Hidroginástica de hoje na Piscina. Eu também iria adorar praticar o meu Desporto favorito nessas condições tão ideais para mim.

Quem não gostou daqueles acordes foi o banco de Portugal que logo saltou que nem uma mola a protestar. Scolari não mais se viria a esquecer desse pormenor e logo trataria da vingança no jogo cá no nosso burgo. Aguardem! Scolari irá brindar os sérvios com o Malhão da pesada e no final do jogo que é para não incomodar.

E os episódios rocambolescos neste dia 28 de Março de 2007 continuam. No “Um Contra Todos” teve de vir uma concorrente que era demais. Depois de ter confessado que sonhou com Fontes Pereira de Melo (personagem que eu não estou a ver bem quem foi e o que fez por Portugal, mas que tem ruas e avenidas com o seu nome), a concorrente fez chorar a rir toda a plateia e os telespectadores que estavam em casa a ver quando descreveu aquilo que era um pesadelo. A artista diz que sonhou que José Cid estava a cantar no Festival da Canção o tema que ele levou, salvo erro, a Amesterdão em 1980. Se não me engano, esse tema chama-se “Um Grande, Grande Amor” e nesse festival saiu vencedor o irlandês Johnny Logan que viria também a vencer o festival em 1986 ou 1987. Bem...dizia eu que a concorrente sonhou com José Cid a cantar essa música. O cantor bairradino estava a cantar sem óculos escuros e era totalmente careca. Parece que na realidade ele é mesmo careca, segundo algumas fontes que bisbilhotaram e vieram contar aqui a uma pessoa tão cusca como eu. A concorrente só então reparou que o cantor tinha um olho azul e outro verde (parece que devido a um acidente José Cid tem uma prótese num dos olhos, daí usar óculos escuros quase sempre). Então a concorrente admirou-se ao constatar que estava a ver televisão a cores. Bem. Parece que a televisão a cores surgiu mais ou menos por esta altura. Foi de morrer a rir!

Foi dessa forma divertida que chegou ao fim mais um dia bastante divertido e repleto de tropelias hilariantes. Foi um dos dias mais difíceis de escolher a Situação do dia e o tema principal, tal foi a variedade de acontecimentos. Amanhã já voltamos a ter um dia monótono.

Situação do dia:
Na aula um dos exercícios que tínhamos de fazer era ir a um site de transportes na Holanda e colocar o nosso ponto de partida e o destino que queríamos. Toda a gente tinha de colocar o ponto de partida e o destino que estavam no livro para depois responder ás perguntas. Nós somos cerca de dez alunos. Todos na mesma sala a colocar os mesmos dados...Bem...o site teve um bug e não funcionava, provavelmente por estar muita gente a procurar a mesma informação. Eu já me ria só de imaginar a cara dos holandeses ao verem que cá os tugas lhes mararam o servidor. Com os meus vastos conhecimentos de Informática, acabei por resolver o problema e obter as informações pedidas no exercício primeiro que os meus colegas. Toda a gente se admirou e perguntou como é que eu fiz. Sentia-me importante, mas não consegui responder o que fiz para resolver aquele imbróglio. Simplesmente aconteceu!

Bacorada do dia:
Malato:
- “Que idade tem a sua irmã?”
Concorrente:
- “Vinte e ssssssss...” (A cobra que assobiava sentava-se e jogava)

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