Monday, August 26, 2024

O sismo- 26 de agosto de 2024

 

Cheguei cansada da praia e da agitação do dia de ontem. Deitei-me muito cedo e estava a dormir profundamente quando senti a cama a balançar.

 

No primeiro momento, ainda muito mal acordada, pensei que  ainda eram os efeitos da prancha a flutuar na água. Depois virei-me de barriga para baixo quando as sacudidelas da cama   foram mais fortes. Só nessa altura me apercebi que seria um sismo. Àquela hora tinha as notificações desligadas e ainda pensei estar a sonhar.

 

Tinha a experiência de um outro sismo de 2020 e, em comparação, este abalo  foi mais forte e mais duradouro. Essa experiência anterior permitiu-me identificar desde logo que estava a presenciar um sismo.

 

Quando desativei  o modo de sono é que vi que havia sido um abalo com 5.3. Tendo tido o epicentro em Sines, o sismo aqui foi sentido de uma forma menos intensa do que no Sul de Portugal.

 

Por escassos segundos assustei-me. Quando me virei de barriga para baixo e me agarrei á roupa da cama como proteção e houve aquela trepidação final é que me lembrei de me ir esconder mas já era o fim do abalo. Aquele puxão final.

 

Hoje não se fala noutra coisa, naturalmente. Este sismo foi um dos mais intensos  sentidos nos últimos anos em Portugal.

 

Há um sentimento de uma certa impotência, de uma certa pequenez face aos fenómenos da natureza como este que, se acaso tivesse sido mais intenso, poderia causar vítimas ou danos materiais.

 

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