Thursday, September 24, 2009

Novas e funcionais instalações

Mais uma autêntica balbúrdia com que o meu subconsciente me brindou nesta madrugada de Sábado em que se ficaram a conhecer as novas séries do Hattrick e em que a minha mente é povoada pelo estágio de duas semanas no Pingo Doce.

Consta que recebi um telefonema da técnica de inserção da ACAPO dizendo que tinha de lá estar no dia seguinte para se discutirem mais pormenores sobre a experimentação. Regressava à ACAPO depois do mês de férias e fiquei completamente atónita com o que vi.

Quase sem aviso mudaram de instalações. As antigas, bastante elogiadas por todos por não terem escadas nem obstáculos para os deficientes visuais, haviam sido substituídas por outras completamente incríveis.

O edifício era velho e em tudo se assemelhava ao sobrado cá de casa. Até o pormenor de se colocar uma escada de madeira para se subir não escapava. Comecei a olhar para cima, para aquilo que seriam os gabinetes das técnicas, e logo me começou a dar qualquer coisinha má. Para se subir havia uma escada de madeira muito velha, na qual faltavam alguns degraus e os restantes estavam tortos ou ameaçavam partir assim que fosse lá colocado um pé.

Como nunca fui de me calar, com um pé na frágil escada de madeira e os olhos no buraco escuro, comecei a discutir lá para cima. Fui dizendo que assim não podia ser, que na ACAPO não havia já moral para se falar da falta de acessibilidade e das barreiras arquitectónicas quando as havia dentro das suas instalações, que já não podiam falar da escada da ACAPO de Lisboa, que o Paulo Leitão iria partir a escada e magoar-se á primeira oportunidade que tivesse para entrar…

Como tinha mesmo de ir lá falar com a técnica, com um salto consegui içar-me lá para cima mas estava na eminência de me escorregarem as mãos e estatelar-me lá em baixo. Com as mãos apenas apoiadas na superfície superior do edifício e os pés no vácuo, pedi a alguém que me ajudasse a içar lá para cima. Tentaram mas eu era e sou pesada demais.

Com um bocado de jeito lá consegui chegar mas era um desassossego olhar para baixo. Berrei a plenos pulmões que fechassem aquela porta antes que tivesse vertigens e me desequilibrasse. Como ninguém atendeu ao meu pedido, fechei eu a porta para não me chatear.

Lá dentro dos gabinetes estava alguém que nada tinha a ver com aquela história- um rapazinho que eu conheço e que estava desmaiado dentro de um dos gabinetes. Acordei a rir-me do perfeito disparate que foi aquele sonho.

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