Wednesday, December 09, 2009

No reino animal

Aqui em casa há animais de várias espécies mas nada que se compare aos bichos estranhos que apareceram esta madrugada nos meus sonhos.

Pois bem, aqui estou eu de volta para retomar as minhas aventuras oníricas. A verdade é que não tenho tido paciência para escrever textos enormes e aborrecidos, apesar de alguns sonhos terem dado um bom argumento para um filme de terror. Refiro-me àquele sonho apocalíptico- clamemos-lhe assim- que tive há dias com a minha casa rodeada de chamas por todos os lados e eu com a minha mãe abraçadas no meio sem saber o que fazer.

Hoje vamos contar algo diferente e vamos deixar de referir que os sonhos são confusos ou estranhos. Bom…comecemos com uma bela noite, não sei em que estação do ano. A lareira está acesa e estamos todos ao lume. Batem à porta. Não era totalmente de noite mas que importa o tempo nos sonhos? Podia muito bem ser Verão e estar a lareira acesa.

A minha mãe saiu e foi abrir a porta. Carregada de sacos e falando baixo, quase a ponto de não se ouvir o que dizia, vinha a minha antiga professora da escola primária. Queria entregar umas camisolas de lã…à minha prima que entretanto havia feito as pazes com a minha irmã e agora não passavam uma sem a outra. Como é realmente confuso este mundo.

Elas estavam no quarto da minha irmã a preparar uma viagem não sei para onde ou qualquer outro tipo de iniciativa. Mais adiante esta viagem transformar-se-á noutra coisa algo confusa.

Parece que os dias passaram e elas alegadamente voltaram de viagem. Estava eu a ouvir uma música qualquer no rádio e ouvi uma notícia em que um tal de Miguel Simões havia morrido num incêndio ou num atentado. Mas quem era o senhor? Só depois de acordar me lembrei de onde veio o Miguel Simões. Estive toda a tarde a ouvir a M80 e o Miguel Simões era o locutor.

O sonho agora transporta-nos para um final de tarde junto às instalações da ACAPO em Coimbra. Era aí que se ia realizar algo estranho que serviria de preparação para um qualquer evento. Foram-nos dadas canetas de muitas cores e feitios. Estava feliz, pois faço colecção de canetas. Uma delas era muito à frente e tinha uma câmara que dava para gravar. Muito útil para questões de segurança. Comecei a pedi-las todas a toda a gente que lá estava e, num ápice, não sabia onde arrumar tanta caneta.

Estávamos na paragem do autocarro e houve um senhor que, ou era do nosso grupo. ou apareceu lá. Ele começou a falar da sua vida e contou que era viúvo, pois a sua esposa havia morrido em circunstâncias algo misteriosas que tinham a ver com coisas do sobrenatural. Mas deixem estar que…

O homem levou-nos até uma espécie de pátio onde tinha lá os seus animais. Sim, não me esqueci que o título disto falava de animais. Então preparem-se.

Quando lá entrei lembrei-me de quando estive na Holanda. O pai de uma amiga minha tinha uma enorme quantidade de vacas leiteiras e mostrou-mas. Ali podia muito bem ser a representação onírica daquele espaço mas a que propósito? Vacas parece que não havia por ali. Havia porcos e galinhas. O resto eram uns animais muitíssimo estranhos e ele tinha aos milhares daquelas coisas.

Galinhas e porcos vejo todos os dias mas o que estava naqueles currais de rede…Pensei que eram porcos da Índia ou hamsters mas aquilo era mais…como hei-de descrever? Pareciam lesmas, minhocas, sei lá. Eram rosa da cor da nossa pele. Alguns eram brancos, uns maiores e outros mais pequenos.

Reparei num aspecto curioso: os mais pequeninos estavam cada um dentro de um prato com mel. Perguntei ao criador daquela espécie rara como se chamava aquilo e para que serviam aqueles pratos com mel. Ele explicou-me e disse-me o nome. Quando acordei lembrava-me mas logo esqueci.

Senti uma coisa fria e viscosa a percorrer um dos meus braços. Olhei para baixo e vi que um ser daqueles se havia impregnado na minha pele de forma nojenta. Ao contrário dos outros, aquele era enorme e parecia crescer cada vez mais. Completamente esticado, parecia um réptil. Atrás desse, outros seres semelhantes e ainda maiores esticavam os seus pescoços invertebrados para mim com ar ameaçador. Comecei a repeli-los mas eles cada vez se agarravam mais. Pareciam borracha. O senhor disse que eles não faziam mal nenhum mas já os estava a ver com ar ameaçador. Ainda por cima entrelaçavam-se uns nos outros e era impossível libertar-me deles. Escusado será dizer que acordei completamente sobressaltada. Mais um sonho para os compêndios do anedotário dos sonhos que me assustam e que me fazem rir quando acordo.

Quando voltei a adormecer, os animais voltaram a povoar os meus sonhos. Desta vez eram gatos mas gatos que já não existem. Quem já leu este blog ou o acompanha quase desde o seu início certamente se lembrará do Max. Não é o gato do anúncio, era um gato que existiu aqui em casa e que morreu em 2006. Pois a minha irmã levou esse gato para uma viagem. A tal viagem que ela ia fazer com a minha prima. Estava admirada como ela havia levado o gato na boa no comboio ou no autocarro sem que ele fugisse. Para a próxima ela havia prometido que levaria a Teka.

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