Sunday, September 07, 2008

Medalha de ouro da estupidez onírica

Este é mais um rol de disparates com que o meu sono foi abalado nesta noite. Com o Desporto como pano de fundo (os Jogos Paralímpicos estão aí) eis muita acção, suspense e…disparates até fartar.

Não me lembro bem como tudo começou, mas vou descrever aquilo de que me lembro e de onde me recordo. Ora bem…tinha o super-poder de viajar da minha santa terrinha para qualquer país europeu. Era rápido, barato e estava em casa de volta em poucas horas. Era como se tivesse ido a Coimbra e voltado. Claramente.

Depois de na véspera ter ido visitar a Itália e a Alemanha, foi a vez de ir até França. Realizava-se por lá uma prova de Ciclismo em que a Rabobank marcava presença. Bramito de Zevenhoven (alcunha com que eu baptizei o Bram De Groot) encetava uma fuga em solitário. Eu ia a pé (imagine-se) a acompanhar o atleta. A certa altura ele meteu-se por um caminho de terra batida e nunca mais o vi. Mas por que raio foi ele por ali?

Voltei para trás, estava já a cair a noite. Duas senhoras francesas de uma caravana publicitária distribuíam t-shirts. Fui-lhes pedir uma e elas disseram que só davam essas camisolas a deficientes visuais. A mim não davam. Disse às duas criaturas que era deficiente visual e até lhes mostrei a minha certidão multiusos. Elas não acreditavam em mim e eu tive de me chatear com elas. Também me chateio com pouco. No interior de uma loja a discussão acendeu e eu tive de colocá-las na ordem. Escusado será dizer que houve molho.

A deitar fumo de raiva, saí á rua e mais nervosa fiquei quando vi que já era noite e que os transportes internacionais já tinham partido todos. E agora onde é que eu ia ficar? Lindo!!!

Em plena luz do dia, de um dia radiante de Sol, decorre uma cena passada no nosso cantinho. Ouvia um barulho de um carro da polícia ou de uma ambulância. Despertei do meu sono e saí apressada para a rua. Consta que fui em cuecas e t-shirt para ver o que provocava aquele alarido.

Foi nesses trajes menores que cheguei á porta da minha vizinha. Tinham torcido a minha bicicleta toda. Quis-lhe pegar para acompanhar uma possível prova que estava prestes a passar por ali. Mas quem terá feito um serviço destes? Só então reparei que não me tinha vestido e fiquei envergonhadíssima. Tentando esticar a t-shirt para parecer mais comprida, ali estava sem vontade de ir a casa vestir algo decente. Isso é que eu não compreendi. Se calhar era a vontade de ver a prova.

Afinal a prova era a pé. Era uma corrida onde pontificavam atletas veteranos e amadores. Aproveitando um corte no grupo, infiltrei-me lá também. De chinelos e com o traje a que fiz referência, lá fui eu pela ladeira que habitualmente subo nos meus treinos.

Cheguei junto de minha casa e fiquei passada. Atletas barrigudos, roliços, e já com um considerável número de cabelos brancos passavam por mim como se estivessem a andar de Ferrari. Que mau! Queria continuar mas as pernas não me obedeciam. Até tropeçava e tudo. Que vergonha! Que vexame! Ao que eu cheguei! Não sei o que era mais condenável, vir nua ou ser uma lesma a correr.

Como me havia de lembrar desse sonho algumas horas mais tarde! De facto o que aconteceu nessa tarde foi que tive de parar por lesão no gémeo da perna esquerda.

Agora vem o personagem que há dias povoa os meus sonhos. Estava a assistir á cerimónia de abertura dos Jogos Paralímpicos. As delegações dos países participantes desfilavam. Chegou a vez do Uzbequistão desfilar. Fiquei surpreendida por tal país ter representação nas olimpíadas do Desporto Adaptado mas depois constatei que aquele país só levava unicamente um atleta.

E lá ia o ilustre representante do Uzbequistão sozinho a carregar a bandeira verde, branca e azul do seu país. Que miséria franciscana! Reparei nele e constatei que ele era o mesmo do sonho do outro dia. O rapaz louro que durante uma corrida eu apanhei do chão todo grogue. Um sonho que não teve final.

E já estava a chegar de tanto disparate junto. O melhor era acordar que já se fazia tarde.

O Sol regressou novamente e a temperatura nem estava assim tão fria. Apetecia fazer algo de diferente, mas o quê? Acabei por ficar a ouvir música depois de ter assistido ao que restava da Cerimónia de Abertura dos Jogos Paralímpicos.

Acabei depois por ir treinar mas tive depressa de deixar de correr devido a me ter ressentido da lesão que contraí na passada quarta-feira. Que chatice! Acabei por fazer apenas alguns abdominais e mais nada. Daqui a nada começava o Futebol.

Portugal não teve dificuldades em golear Malta por 0-4. O primeiro golo foi marcado pelo Jogador Número Quatro de Malta na própria baliza. Os restantes golos foram apontados por Hugo Almeida, Simão e Nani. O jogador do Manchester United festejou o seu golo com o habitual mortal. Quem não gostou dessa forma de celebrar foram os adeptos da casa que logo passaram a vaiar o jogador português.

Chuva de golos aconteceu também na jornada de Hattrick. Apesar de jogarmos com jogadores que habitualmente não jogam, o resultado foi de uns concludentes 10-0. Bisaram nesta partida os jogadores Lisnic, Smiljanic, Stanciu e Sobjanek. Os restantes dois golos foram marcados por Ricardo e Catanha que fizeram assim os primeiros golos oficiais da época. Estes dois jogadores foram os principais marcadores da equipa na época passada. O croata Smiljanic ao apontar dois golos neste jogo passa a ser o terceiro melhor marcador da série com onze golos.

Destaque ainda para as estreias no banco dos jovens Murat (do Kazaquistão) e Lino Gadanha- jovem a quem demos uma oportunidade na equipa principal.

No outro jogo que interessava para as contas finais, o Kanelas goleou o Peniche City por expressivos 7-0. Com esta derrota, a equipa do Centro fica impedida de subir. Para a semana seremos nós a jogar em casa deles. Esse jogo irá ser decisivo na luta pelo terceiro lugar, pelo menos para já. Os resultados completos foram os seguintes:

Sportivus 1- Os Rodas 8;
Kanelas 7- Peniche City 0;
Vale de Avim 10- Tabuaunited 0;
MS 3- Os Lingrinhas 1.

E assim com muito Desporto declaro fechado o tópico em que se fala de toda a espécie de modalidades possíveis, imaginárias e sonhadas.

Situação do dia:
Decorriam sensivelmente cinco minutos de jogo quando o Jogador Número Sete de Malta alertou o árbitro holandês que dirigia a partida para o facto de a iluminação do estádio ser insuficiente para a continuação do jogo. O juiz interrompeu a partida e esperou cerca de onze minutos até que o problema fosse solucionado.

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