José Tolentino Mendonça disserta sobre o caráter humano e de dádiva do jogo.
Mais do que competir ou mais do que a componente de ganhar e perder, o jogo é sobretudo dar e receber. Quem hoje é vitorioso, amanhã pode ser derrotado, tendo de haver respeito e civismo entre os intervenientes do jogo. Vão dizer isso a algumas coletividades do Futebol cá do burgo! Em Inglaterra isso pode funcionar mas aqui por vezes não há respeito. Não é tanto por culpa dos jogadores, é mais culpa dos adeptos, dos dirigentes e, ultimamente, por incrível que pareça, dos gabinetes de Comunicação dos clubes.
pode ser que, com a mudança de
presidente no Porto, já que Benfica e Sporting já possuem uma nova geração de
dirigentes desportivos, o Futebol Português viva uma nova era sem Pinto Da Costa,
cada vez que abria a boca, estar sempre a apelidar os outros de inimigos, como
se estivéssemos realmente em guerra.
Não há ambiente mais civilizado que um jogo, uma vez que há regras a cumprir e que cada jogador terá o seu papel. Nada mais humano, portanto.
O verdadeiro objetivo do jogo, para alem de ganhar, é socializar, exercer a cidadania e o respeito para com o outro.
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