Livro também chamado de “Rapto Em Teerão”.
Já aqui tinha trazido o livro da filha desta cidadã norte-americana, a menina que é o centro desta impressionante história da vida real de loucura e fanatismo. Neste caso, mais loucura de alguém completamente desequilibrado e fora da realidade. A prova é que depois até a família dele se colocou ao lado da mulher, coisa que antes não acontecia.
Na altura a filha de Betty era muito pequena e acabou por escrever já adulta as suas memórias do mesmo assunto. Ver “Sobreviver A Teerão”.
Tanto a mãe como a filha fazem questão de sublinhar que nem todos os iranianos são os maus da fita. Mais do que fanático religioso, o pai e marido era uma pessoa instável mentalmente e poderia estar a sofrer de transtorno bipolar. Daí elas não saberem que homem tinham pela frente na maioria das vezes.
Já tenho lido muitos livros sobre a vida das mulheres nos países muçulmanos mas, em todos os livros, aparecem pessoas desses países, por vezes outros homens, como neste caso e noutro livro que li sobre paquistaneses, que salvam as mulheres do jogo de maridos déspotas e fanáticos.
Não vamos mais longe. Portugal não é um país muçulmano e a violência doméstica está muito presente. Também aqui tem ou teve em tempos um cunho religioso, fruto de mais de quarenta anos de Estado Novo.
Betty e a filha tiveram o azar de enfrentar também a guerra. Quanto ao regime iraniano, parece que ainda não mudou grande coisa. Ainda ontem li a notícia de um pugilista que foi condenado á morte simplesmente por ter uma opinião contrária. Quem luta muito pela liberdade no irão é o meu craque- o Mehdi Taremi. Por falar nisso, fiquei a perceber por que é que há muitos Mehdis no Irão. É o nome de um imã.
O que dizer disto? Já conhecia a história mas a mãe lembra-se de mais factos chocantes do que a filha. A filha, mesmo depois de adulta, continuava a ter medo que o pai a viesse buscar para a criar naquele regime muito diferente do seu mundo.
No comments:
Post a Comment