Thursday, September 12, 2024

“Emburrecimento Programado” (impressões pessoais)

 

Haja quem partilhe da mesma opinião que eu em relação à escola. Desta vez uma voz mais autorizada do que a minha. Estranho isto vir de um professor, ainda por cima um professor que foi considerado por duas vezes o professor do ano do estado de Nova Iorque.

 

Segundo John Taylor Gatto, a escola serve para criar cidadãos em série, todos iguais, todos para servir um igual propósito. É assim que os nossos governos querem os nossos jovens. Separados dos velhos e dos adultos para só aprenderem o que interessa que aprendam. Aquelas fórmulas já feitas que aprisionam os jovens doze anos e que nem em casa os deixam descansados. Depois da escola, há a televisão que também molda a mente dos jovens de acordo com o previamente estabelecido.


estamos a criar jovens sem espirito crítico, sem capacidade de argumentar, pessoas talhadas para obedecer aos  patrões e terem o impulso de consumir.

 

Nada de prático ou de útil se aprende durante os doze anos que se esta na escola. A alfabetização não é nada que se aprenda em muito tempo. Estudos comprovam que basta cem horas de estudo.

 

Afinal o que andam os jovens a fazer na escola? A deseducarem, a perderem a identidade, a serem desencorajados a ser genuínos, a serem como se saídos de uma qualquer linha de montagem de uma qualquer grande indústria.

 

A melhor aprendizagem faz cada um a sós mediante os seus interesses e perspetivas. A escola, da maneira como está estruturada, não serve muitos dos que por lá passam.

 

Eu sempre tive essa ideia. Questionava por que é que se aprendia isto, por que se lia este livro e não outro, para que serviam certas  matérias. Já toda a gente sabe que nunca gostei de estudar. Tinha aproveitamento porque era acima da média mas não gostava de perder tempo com o que para mim não me era útil. Os livros que era obrigatório ler não os lia mas lia outros que ninguém me dizia para ler. Seria mais útil aproveitar as aulas de Português se cada um lesse um livro e depois apresentasse o que retirou dele, por exemplo.

 

Nos Estados Unidos, como cá, a escola é uma perda de tempo e de anos de vida. Aprende-se melhor com coisas do quotidiano no mundo real do que em quatro paredes bolorentas e frias de uma sala de aula.

 

Haja quem partilhe da minha ideia. Não é por acaso que os pais cada vez mais tomam  para si a responsabilidade de educar os seus filhos em casa.

 

A escola já não é o poço de  virtudes que noutros tempos se alvitrava. Hoje por acaso começa mais um ano letivo. Mais um ano de suplício. Ainda bem que me livrei disso há mais de duas décadas!

 

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