Saturday, May 16, 2015

Picar o ponto e nada mais



Nem outro resultado seria de esperar, que não a passagem do Sevilha à final da Liga Europa onde surpreendentemente vai ter como adversários os ucranianos do Dnipro.

A tarefa da Fiorentina é muito complicada. Impossível mesmo mas em Futebol a palavra impossível não existe. Aliás, rectifico, a palavra impossível não existe no Desporto porque o Desporto tem como premissa ultrapassarmos os nossos próprios limites.

Ah, esta é a primeira vez que vou escrever um texto todo carregado de erros mas quero lá saber. Eu sou contra essa coisa que é o novo acordo ortográfico. Acho que deviam haver aí uns cem anos de tolerância em que as duas formas de escrever fossem correctas. Assim, as novas gerações nasceriam já formatadas para esta nova e estranha forma de escrever. Agora será difícil formatar gente como eu e alguns escribas que já se manifestaram contra este novo acordo ortográfico.

Há aqui um jogo para fazer a crónica, apesar de estar quase resolvido e não dar pica. Por acaso até é o Sevilha que começa ao ataque e não a Fiorentina que precisa de marcar pelo menos três golos para empatar a eliminatória.

E parece que havia mesmo grande penalidade sobre Vidal. O árbitro esloveno nada assinalou.

Sergio Rico nega o golo a Rodríguez. O argentino é sempre perigoso no jogo aéreo em cantos e outros livres laterais. Marca imensos golos.

O primeiro cartão amarelo da partida é para David Pizarro da Fiorentina por falta sobre Vidal. Na sequência do livre, Carlos Bacca faz o golo do Sevilha. Agora é que não há dúvidas quanto à passagem do Sevilha à final da Liga Europa. Vai ser agora uma seca até ao fim deste jogo. Sorte teve quem aproveitou e foi ver a estreia de mais um filme da saga Mad Max ao cinema! Chama-se “Estrada Em Fúria” ou algo do género. Ouvi o nome do filme centos de vezes hoje mas não devo ter fixado. Quando penso em Mad Max, lembro-me sempre desta música da Tina Turner que hoje também passou muito na rádio. Fiquei a saber que a Tina Turner entrava mesmo no filme e parece que fazia parte dos maus, imagine-se. Uma vilã de luxo!


Há cartão amarelo para Savic, assim como devia ter havido também para Salah antes. Os jogadores da Fiorentina estão completamente descontrolados.

Agora é que foi! O segundo golo do Sevilha é português. É de Daniel Carriço. Daqui para a frente vai ser só um jogo-treino e nada mais. Os jogadores vão-se resguardar para os compromissos do campeonato.

Pizarro ainda remata. Para quê? Amigo, estão com cinco golos de desvantagem. Cinco. E o adversário acaba de juntar mais dois golos aos três que já trazia da semana passada. Acordassem!

Bem, como eu já esperava, este jogo não está a dar pica. A Fiorentina já perde por muitos. Vou falar do Jogador Número Setenta E Quatro da Fiorentina, o tal que o Mourinho dispensou do Chelsea. Não se trata de o Mourinho não gostar dele, Mourinho se calhar não gosta de egípcios em geral. Devem-lhe ter feito males terríveis numa outra encarnação, então ele demonstra toda a sua antipatia para com eles. Nós, benfiquistas ainda nos recordamos disto que a seguir trago para aqui.


Bem, afinal sempre se passa alguma coisa neste jogo. Banega viu o cartão amarelo.

Matias Fernández remata mas a bola sai sobre a barra.

Salah remata de longe. Por falar nele e na dispensa de Mourinho, o que fará o Special One um dia quando Messi e Ronaldo já tiveram aí uns quarenta anos e já tiverem pendurado as botas, e, para mal dos pecados dele, o melhor jogador do Mundo for um egípcio? Eu queria ver! Era o dono do Chelsea a querer ter o melhor do Mundo e Mourinho que entretanto já levava aí uns dez anos de clube, a não aceitar.

Este jogo pode não dar para mais nada mas sempre dá para o Salah se recrear um pouco e mostrar toda a habilidade técnica com que os jogadores egípcios foram dotados. A grande maioria deles. Até o Hassan não é mau em termos técnicos e, no entanto, é bastante alto, ao contrário do Salah e do Saleh Gomaa que são uns tecnicistas por excelência. Ao contrário do Mourinho, gosto de ver os dois jogar. Podem ser uns brinca-na-areia e não irem a lado nenhum, deliciando apenas o público com os seus recortes técnicos ou sacarem ali um lance incrível que dá um golo de antologia que leve o estádio a ir abaixo, daqueles que quem assistiu não esquece mais. Este jogo até está para o Salah tentar uma coisa dessas para o Mourinho se entreter a ver e rever. Por acaso eu tinha ideia que o Salah tinha jogado no ENPPI mas devo ter feito confusão. Alias, eu já tinha para mim que o ENPPI jogava para a nota artística. Jorge Jesus ia querer que o Benfica jogasse assim. Esta minha ideia surgiu deste vídeo. Para os mais distraídos, devo dizer que o protagonista de parte destes lances por acaso até joga cá no burgo. Gostaria que ele fizesse coisas destas por cá mas o Futebol aqui é diferente. Há mais pressão, menos espaço e tempo para decidir, os adversários são mais caceteiros e carregam-no em falta quando ele tenta fazer destas coisas. Também eles devem ter visto que ele fazia isto. Além disso, o professor Manuel Machado colocou-o mais recuado no terreno. Contra o Vitória de Guimarães na segunda-feira ele tentou rematar assim mas a pontaria é que não esteve boa. Se alguma dessas acertava, lá iam os vitorianos jogar desmoralizados contra o Glorioso SLB. 


Ainda voltando ao Salah, eu gosto de o ver jogar. Ainda me lembro de um jogo em que ele jogou contra o Sporting quando ainda alinhava pelo Basileia e marcou um grande golo. Ah, por falar em Basileia e em egípcios dotados tecnicamente, no outro dia a equipa suíça tinha lá outro do mesmo género que alinhava com o número vinte e quatro.

Já chegámos ao intervalo?!! Nem dei pelo tempo a passar. Quanto é que está isto? Ah, o Sevilha ganha por 0-2.

A Fiorentina ia marcando agora por Valero. Bem, se a Fiorentina marcasse aí uns seis golos na segunda parte, isto seria do melhor que já vi. Seria tipo um jogo entre o Werder Bremen e Anderlecht que vi aqui há uns anos em que a equipa belga vencia por 0-3 ao intervalo e depois os alemães marcaram cinco golos na segunda parte. Destacou-se um jogador chamado Herzog, lembro-me bem e, se não me falha a memória, esse jogo era do mesmo grupo do Porto na Champions. Eu também me consigo lembrar que a vontade de ver esse jogo não era muita mas, bendita a hora que o decidi ver. Nunca mais me esqueci. Belos tempos, esses, em que a televisão transmitia em sinal aberto imensos jogos. Hoje vai-se ao ponto de só se transmitir uma meia-final da Liga dos Campeões em sinal aberto. É inadmissível!

A Fiorentina ia marcando por Valero.

Aquele carequinha da Fiorentina protesta muito, não cala aquela boca e por isso vê cartões amarelos. Já no jogo em Sevilha viu o cartão amarelo por protestar, lembro-me bem. Estou a falar do Valero.

O nosso amigo Salah volta a rematar. Ainda é canto.

Pizarro cai na área. É grande penalidade. Ilicic falha. É tal a descrença que nem de grande penalidade lá vão.

Vai entrar o croata Badelj com um capacete todo jeitoso. Negro e brilhante. Foi por causa daquele lance na semana passada com MBia. Será que o jogador camaronês do Sevilha reparou no modelito? Estou cá a pensar que daqui a trinta anos os futebolistas entrarão todos em campo com armaduras e capacetes. Por essa altura Cristiano Ronaldo assistirá aos jogos de sofá e fica desgostoso porque agora não dá para mostrar os penteados. Vai acontecer como no Ciclismo. Se forem ao Youtube e procurarem imagens de uma qualquer prova de Ciclismo de há uns vinte ou trinta anos atrás, quem é que usava capacete? Muito poucos. Hoje é obrigatório o uso de capacete. Os ciclistas começaram a ter acidentes graves, houve mortes a lamentar e pronto, há que evitar o inevitável com o uso do capacete. Sim, a morte é o que o Ser Humano tem de mais certo. Por mais que se queira evitar ou impedir, morre-se na mesma. Depois de o uso do capacete ter sido obrigatório, que eu saiba, houve mais duas mortes em provas velocipédicas. Hoje nem o cidadão comum já pode andar na rua sem capacete. Ao que isto chegou! Leiam isto daqui a trinta ou quarenta anos, piode ser que eu acerte nestas minhas previsões.


Vitolo vai agora ser substituído. Ele fez uma exibição apagadíssima e estavam ali a cogitar o que se passava com ele. Que podia ter tido uma indisposição ou uma gripe. Também pode ter dormido mal porque o colega de quarto ressonava que era uma coisa por de mais. Ou então estava danado para a conversa e não deixava dormir. Já me aconteceu isso e no outro dia estava mais morta do que viva. Sei o que é. Essa cena passou-se no Centro de Estágio de rio Maior e a minha colega falou toda a noite ao telemóvel, fez zapping com a televisão (naquela época TV Cabo não era muito comum, hoje existe em quase todas as casas) e ainda se riu que nem uma perdida. Eram quatro da madrugada e ela nesses preparos e eu toda rota.

Falam agora do Salah que dizem que mais parece um jogador de Futsal. Ele continua a sua exibição individual de todos os seus primores técnicos que muito me agradam. Ao Mourinho e muita outra gente que quer que ele se despache e passe a bola aos colegas é que não.

Sergio Rico nega o golo a Ilicic, o tal que falhou a grande penalidade.

Kevin Gameiro ainda fez o rematezito da praxe mas desta vez não acertou.

E acabou este jogo. Já não era sem tempo. Já estava tudo resolvido. Para haver pica, podiam ter transmitido desta vez a outra meia-final. Aí as emoções foram mais fortes. Passou o Dnipro da Ucrânia que vai medir forças com o Sevilha em Varsóvia.











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