Passei a semana toda ansiosa por este fim-de-semana porque
iria visitar novamente o Mosteiro da Batalha e a Pia do Urso. O meu interesse
residia particularmente no Mosteiro.
Há uns anos, depois de eu ter sido operada, e quando as
coisas andavam um pouco tremidas para os meus lados, fiquei pior que estragada
porque fomos a Fátima e passámos pela Batalha em excursão. A maioria das
pessoas dispersou para as tascas e para os cafés e ninguém foi comigo visitar o
Mosteiro que contava rever. Fiquei triste porque não sabia o que ia acontecer
num futuro próximo. Podia deixar de ver completamente e não ter outra
oportunidade de visitar um monumento que tinha visitado aí com os meus seis anos
de idade e que queria muito rever. Finalmente ia ter essa oportunidade.
Antes da visita ao Mosteiro, a manhã era ocupada em visitar
a Pia do Urso, também nos arredores da Batalha. Parte dessa zona foi adaptada
para deficientes visuais. Elementos das delegações da ACAPO de Coimbra e de Leiria
foram visitando o parque na companhia de duas guias do Museu da Batalha que
também iríamos visitar.
A visita foi muito interessante e animada. Há aqui um reparo
a fazer. O percurso pode até estar bem marcado e adaptado para cegos totais mas
alguém se esqueceu que também há pessoas com baixa visão, como é o meu caso.
Tive algumas dificuldades ali porque havia degraus. Com as marcações que
fizeram para quem não vê mesmo nada, deixou de se ver onde começa e acaba um degrau.
Deviam-nos ter marcado nas pontas. Isso facilitaria muito a vida.
Depois da visita concluída, sentámo-nos por ali a comer
qualquer coisa e a cantarmos os parabéns à Delegação da ACAPo de Leiria. Depois
seguia-se a visita ao Mosteiro da Batalha que fui aguardando com cada vez maior
expectativa.
E ali estava o Mosteiro imponente no horizonte. Ainda tinha
uma memória dele. Lá entrámos e fomos percorrendo o espaço. Lembrava-me
particularmente de uma estátua de D. Duarte que por ali estava algures. Eu
lembro-me que era numa parte exterior. Sim, é numa parte exterior porque falta
o tecto àquela construção. Na altura eu não sabia disso, claro está. Vi essa estátua
muito ao de longe para não me afastar muito. Lembro-me que nos puseram a mim e à
minha irmã ao colo lá em cima da estátua e puxámos as orelhas de D. Duarte.
Por falar em estátuas, eu tenho o estranho hábito de as
apalpar. Já sou assim desde que me conheço. Junto à capela de Santa Maria da
Vitória estão militares imóveis a prestar homenagem ao Soldado Desconhecido.
Inclusive, assistimos ao render dessas sentinelas durante a visita. Eu pensei
que aquele militar era uma estátua e ia para o apalpar. Refreei o ímpeto a
tempo. Não pude deixar de me rir a bom rir quando me disseram que não era uma estátua
que ali estava, mas sim um militar de carne e osso. Bem, sempre me iria vingar
no Museu com uma estátua que lá estava, a quem carinhosamente chamam Jaime.
Com o meu desejo de voltar a visitar o Mosteiro da Batalha
realizado, segui para o Museu onde foi contada mais uma parte da história da
Batalha. O ponto mais interessante desta visita foi a áudio-descrição de um quadro
enorme que estava na parede. Eu ia ouvindo e ia olhando para o quadro que
representava a história da Batalha. Estava simplesmente fantástico.
Chegou a hora de rumarmos a casa. Foi um dia espectacular.
Seguem algumas fotos das actividades na Batalha.
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