O Vaticano e a Igreja Católica devem ser dos assuntos que
inspiram mais obras de ficção no Mundo. Este é mais um de muitos livros que
leio sobre uma intriga ficcional passada na Santa Sé.
Também os escritores portugueses se interessam grandemente
pela ficção com o Vaticano como cenário. Desta vez debruço-me sobre a obra de
Luís Miguel Rocha que praticamente só escreve livros sobre este tema. Nesta
história, o escritor portuense narra-nos as aventuras de Sarah e Rafael em
busca de documentos comprometedores para a Igreja Católica.
Ao longo destas páginas, o autor vai-nos enriquecendo com
conhecimentos sobre a Bíblia e a Igreja em geral. Coisas que eu francamente não
sabia. Depois há a velha questão da origem e da interpretação do Livro Sagrado.
Isso dá muito que escrever e muito que abordar.
Do que não há dúvidas é que foram encontrados alguns textos
antigos que colocam em causa aquilo que Roma nos foi passando ao longo dos
séculos. São Evangelhos que a Igreja Católica recusou porque foi do seu
interesse recusar. Como algures se diz nesta obra, quanto menos percebermos da
Bíblia, melhor para a Igreja. Menos a questionamos.
Cada pessoa deve acreditar e ter fé naquilo que faz sentindo
para ela, não no que faz sentido para alguns. Há que respeitar a crença e a fé
de cada um. Eu sempre tive a minha ideia e já a tenho aqui defendido inúmeras
vezes. Deus, a existir, será o mesmo para toda a Humanidade e certamente não
quereria que os homens matassem e torturassem em Seu nome. As religiões já foi
o Homem que as fez, se foi ou não inspirado por Deus, aí já é outra história
difícil de engolir. Há, realmente, algo para lá deste mundo terreno que
habitamos, disso não tenho dúvidas e até tenho provas, se se pode chamar a isso
a existência de Deus, talvez. As religiões já são uma interpretação humana e
algumas mesmo são autênticos jogos de interesses. Isso é que Deus não
toleraria, certamente.
Voltando à obra, foi muito interessante mesmo. Para além do
enriquecimento cultural que me proporcionou, também o suspense esteve presente.
Recomendo vivamente a quem vibra com a leitura de um livro
empolgante.
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