Estando bastante cansada, deitei-me bastante cedo e dormi
quase toda a noite.
Sonhei com muita coisa mas o que realmente tem um fio
condutor é o sonho que passo a narrar e que, mais uma vez, tem por cenário um
baile na festa lá da aldeia. Aqui há a particularidade de estar a chover muito.
Presumivelmente a festa na aldeia é no Verão mas já não é a
primeira vez que chove em pleno mês de Agosto. Realmente pode ter chovido, mas
nunca como neste sonho. Era mesmo um dilúvio e as pessoas abrigavam-se no bar e
na quermesse que estava ainda a ser montada. Era um Sábado, não um Domingo.
Ninguém dançava porque a chuva era imensa. Estava bom para
se beber. Os mordomos envergavam bonitas t-shirts vermelhas da Super Bock e
vendiam-se t-shirts cinzentas alusivas à festa para ajudar a mordomia. Eu ia
pagar uma t-shirt de cinco euros com uma nota de vinte quando o conjunto
anunciou que ia tocar uma lambada.
Eu e uma outra rapariga desconhecida estávamos ali em
frente. A chuva havia amainado um pouco mas continuava a cair e o resto dos
presentes ainda continuava abrigado no bar.
As vocalistas do conjunto musical desceram do palco com os
microfones, enfrentando a chuva. Uma chamava-se Vera e a outra dava pelo nome
de Filipa. Foram dados os acordes para o início da música e elas começaram a apalpar-nos
à medida que faziam a coreografia. Mas que raio vinha a ser aquilo?
Elas insinuavam-se e cada vez nos transportavam mais para a
sua beira. Tudo nelas era languidez. Eu é que já não estava a achar o mínimo de
piada àquela dança, chamemos-lhe assim. Ora essa!
A música terminou e elas voltaram para cima. Eu vim-me
embora do baile um pouco encharcada e ainda a pensar no que aconteceu.
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