Monday, May 11, 2015

Difícil aproveitar algo disto



Quando não se tem sossego no sono e se é acometida de sonhos tão variados, como disparatados, o normal é acordar tão cansada, que parece que se andou toda a noite na farra.

Sinceramente, nem sei por onde começar isto mas vou tentar achar aqui uma lógica, uma ligação para esta confusão toda.

Era exactamente o dia que era. Dia do cortejo da Queima Das Fitas e dia de mais uma jornada futebolística. Ainda me vieram dizer que havia provas de Atletismo nessa tarde e perguntaram se eu queria participar. Eu fui respondendo que não, era complicado voltar outra vez para cima. Além disso, queria descansar. Só que não foi isso que aconteceu.

Ia na estrada a atravessar um local que já não é a primeira vez que um sonho meu tem esse cenário. Há tempos sonhei que estava exactamente no mesmo sítio e noutro contexto. Não consigo identificar onde é que fica essa rua. Sei que tem duas faixas de rodagem e tem-se de atravessar duas passadeiras. Até julgo que é uma representação do meu subconsciente daquelas passadeiras que existem em Anadia junto à paragem do autocarro.

Ia eu na companhia de umas senhoras desconhecidas a atravessar essas passadeiras. Íamos com pressa para apanhar transportes ou boleia. Para as tentar apanhar e atravessarmos todas juntas, eu corri para a passadeira mas havia areia no chão e eu escorreguei. O azar foi que eu estava de calções e eles levantaram, apanhando uma terrível esfoladela pela anca acima. O sangue já se epalhava pela estrada.

Mais tarde, estava eu deitada numa cama, e ainda estava essa lesão a deitar sangue. O melhor mesmo era mete baixa e ir descansar lá para a terrinha. Mas nem se pense que tive sossego.

Cheguei a casa e havia lá imensos gatinhos pequenos. Já não estavam todos porque alguns já tinham sido atropelados na estrada.

Estava eu sentada no degrau da cozinha a narrar as minhas tropelias quando a minha vizinha chamou a minha mãe com voz aflita. Logo pensámos que tinha sido outro gato atropelado na estrada. Não. Era a minha vizinha que deu mau jeito às costas.

Depois lembro-me ainda de tirar destas argolas que se usam nas calças de ganga a um gatinho. Sempre encontrava coisas dessas, por mais que as tirasse.

Outra situação semelhante acontecia com o computador. Sempre que fechava um programa ou uma aplicação, abriam logo dois ou três e não se saía dali.

Também me lembro de um livro que era o supra-sumo do suspense. Tinha mesmo ali o tempo da acção contado ao segundo, imagine-se.

Com tudo isto, pouco ou nada se descansou.


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