Quando não se tem sossego no sono e se é acometida de sonhos
tão variados, como disparatados, o normal é acordar tão cansada, que parece que
se andou toda a noite na farra.
Sinceramente, nem sei por onde começar isto mas vou tentar
achar aqui uma lógica, uma ligação para esta confusão toda.
Era exactamente o dia que era. Dia do cortejo da Queima Das
Fitas e dia de mais uma jornada futebolística. Ainda me vieram dizer que havia
provas de Atletismo nessa tarde e perguntaram se eu queria participar. Eu fui
respondendo que não, era complicado voltar outra vez para cima. Além disso,
queria descansar. Só que não foi isso que aconteceu.
Ia na estrada a atravessar um local que já não é a primeira
vez que um sonho meu tem esse cenário. Há tempos sonhei que estava exactamente
no mesmo sítio e noutro contexto. Não consigo identificar onde é que fica essa
rua. Sei que tem duas faixas de rodagem e tem-se de atravessar duas
passadeiras. Até julgo que é uma representação do meu subconsciente daquelas
passadeiras que existem em Anadia junto à paragem do autocarro.
Ia eu na companhia de umas senhoras desconhecidas a
atravessar essas passadeiras. Íamos com pressa para apanhar transportes ou
boleia. Para as tentar apanhar e atravessarmos todas juntas, eu corri para a
passadeira mas havia areia no chão e eu escorreguei. O azar foi que eu estava
de calções e eles levantaram, apanhando uma terrível esfoladela pela anca
acima. O sangue já se epalhava pela estrada.
Mais tarde, estava eu deitada numa cama, e ainda estava essa
lesão a deitar sangue. O melhor mesmo era mete baixa e ir descansar lá para a
terrinha. Mas nem se pense que tive sossego.
Cheguei a casa e havia lá imensos gatinhos pequenos. Já não
estavam todos porque alguns já tinham sido atropelados na estrada.
Estava eu sentada no degrau da cozinha a narrar as minhas
tropelias quando a minha vizinha chamou a minha mãe com voz aflita. Logo
pensámos que tinha sido outro gato atropelado na estrada. Não. Era a minha
vizinha que deu mau jeito às costas.
Depois lembro-me ainda de tirar destas argolas que se usam
nas calças de ganga a um gatinho. Sempre encontrava coisas dessas, por mais que
as tirasse.
Outra situação semelhante acontecia com o computador. Sempre
que fechava um programa ou uma aplicação, abriam logo dois ou três e não se saía
dali.
Também me lembro de um livro que era o supra-sumo do
suspense. Tinha mesmo ali o tempo da acção contado ao segundo, imagine-se.
Com tudo isto, pouco ou nada se descansou.
No comments:
Post a Comment