“Uma Longa Jornada para Casa” (impressões pessoais)

 

Há histórias reais de vida que dão  autênticos filmes.

 

É o caso da história deste jovem indiano que foi adotado por um casal australiano. Apesar de estar bem na vida, ele não descansou enquanto não encontrou as suas origens e foi ao encontro da sua família biológica. Com o pouco que se lembrava do lugar onde nasceu, ao fim de muito tempo, ele regressou  à Índia para reencontrar a sua mãe e os seus irmãos. A sua mãe permaneceu no mesmo lugar porque,  no seu coração de mãe, havia a convicção que, se mudasse de lugar, o filho que ainda estaria vivo não a iria encontrar.

 

O jovem que escreveu a sua incrível história em livro foi um dia com o irmão mais velho procurar comida na estação ferroviária. Adormeceu sentado num banco enquanto o esperava. Como o irmão nunca apareceu, ele julgou que ele estava dentro de um comboio ali parado e entrou. Voltando a adormecer, foi com puro terror que notou que se encontrava em movimento. O comboio tinha-o levado para longe. Para Calcutá. Incrivelmente, tratando-se da Índia, o comboio estava vazio.

 

Não conhecendo nada nem ninguém, mal sabendo falar e não sabendo ler, viveu nas ruas. Não sabia dizer de onde vinha. Foi para um orfanato e daí foi adotado por um casal australiano.

 

Posteriormente, esta incrível e verdadeira história de vida foi adaptada ao cinema. Merecidamente.