Um conto infantil de Ana Nobre De Gusmão.
Hoje em dia as crianças são muito mimadas. São elas que mandam nos pais e nas outras pessoas. Há quem chama a certos miúdos pequenos ditadores. No meu tempo não era assim!
Esta é a história do Rui que é um desses miúdos que faz o que quer e os pais dizem que sim a tudo. Eis que um dia vai passar férias a casa dos primos que são muito diferentes. Vê-se que a família do Rui vive talvez na cidade, tem mais posses económicas do que a família da Leonor, do Miguel e do Diogo que são os seus primos que vivem consoante regras- algo que Rui não tem.
Nos primeiros tempos, Rui fazia a vida dos primos e dos tios num inferno com as suas exigências. Era tudo dele. Queria dormir na cama do primo, queria ver o que lhe apetecesse na televisão e não tinha regras á mesa.
A estadia em casa dos primos fez com que o Rui saísse de lá outra criança. Alguém respeitador das liberdades dos outros e capaz de ceder aos seus caprichos e manias.
Quando ando na rua vejo muitos meninos mimados como esse Rui. A minha vontade era de lhes pregar umas galhetas bem assentes. Por mais que agora vão fazer queixa a assistentes sociais, psicólogos e afins- pois eles têm de conservar os seus empregos e não têm mãos a medir porque hoje em dia basta dar uma bofetada com razão numa criança para vir a comissão de menores, foi assim que a minha geração se criou e é uma geração funcional.
Agora os jovens, á primeira contrariedade já é um problema. Por isso é que não querem trabalhar e, chegando a um trabalho, querem fazer o que lhes apetece.
Temos de pensar na geração que estamos a criar. Eles hoje não sabem onde acaba a liberdade deles e começam os direitos dos outros. É incrível! Eu não tenho paciência para gente assim.
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