Tuesday, August 01, 2023

“O Tempo Indomado” (impressões pessoais)

 

José Gil traz-nos este conjunto de ensaios tendo o caos como denominador comum.

 

Na primeira parte deste livro ele disserta  sobre a importância do caos para a Arte, nomeadamente as artes performativas. É pela Arte que se chega á Eternidade ou á posteridade. Através de um  quadro ou de uma dança. É o caos ordenado que faz com que se crie um conjunto com algum sentido, especialmente aos olhos de quem cria que coloca nele todos os seus sentimentos, os seus medos, as suas vivências.

 

Hoje em dia, existe um conceito mais alargado de arte. Qualquer  pequena coisa pode ser Arte. Quem a criou deu-lhe um sentido, teve um propósito. Mesmo que não seja tão óbvio para a maioria de nós.

 

A segunda parte deste livro foi escrita durante o confinamento e reflete nos momentos que se estavam a viver em 2020 com todo o planeta confinado em casa e a refletir sobre a Humanidade e a Mortalidade. Tomou-se conhecimento do conceito de globalização, com os desenvolvimentos tecnológicos que nos aproximam uns aos outros e nas mesmas preocupações em qualquer parte do  Mundo.

 

Foi o medo da morte que fez com que se tomassem medidas drásticas. Houve bastante tempo para que o Ser Humano refletisse no  quão mal está a fazer á terra e no quão  impreparado está para lidar com catástrofes naturais que serão cada vez mais frequentes, tendo em conta as  alterações climáticas.

 

Será também no meio do caos, do tempo indomado, que surgirá uma maior consciência humana para cuidarmos do nosso Planeta?

 

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