Agora um livro sobre Economia Comportamental, um assunto que ultimamente tem merecido particular destaque.
Este livro não se cinge apenas ás questões económicas. Tem a ver como a mente humana é refém da escassez que pode ser de dinheiro, de tempo ou de afeto.
Muita gente, perante um acontecimento que vem longe, tende a empurrar mais para a frente, até que chega o prazo limite e aí arrependemo-nos de ter guardado tudo para a última, correndo o risco de haver algo que nos faz não cumprir o prazo.
Isto vê-se quando há uma data limite para um pagamento ou para a entrega de um documento e, no último dia, as filas para esse evento são muitas. Para um teste estudamos na véspera e um trabalho para entregar no dia seguinte já vai ter de ser feito com o tempo contado, se bem que soubéssemos há seis meses que o tínhamos de entregar.
Também se sabe que o Ser Humano lida melhor com a escassez de tempo do que com a abundância, daí nem ser mau passar a semana de trabalho para quatro dias úteis. As pessoas dispersam-se menos e ficam mais focadas, trabalhando com a pressão do tempo.
Também acontece este fenómeno com as finanças. No início do mês, mais folgados, tendemos a gastar mais. Quando chega o fim do mês, o dinheiro ou a falta dele começam-nos a condicionar.
Também é abordado neste livro o conceito de largura de banda. As preocupações económicas fazem com que as pessoas não estejam focadas noutros assuntos, daí os mais pobres não sentirem motivação para saírem da pobreza. Simplesmente o cérebro se encontra ocupado com as dívidas e contas para pagar. É como ter um computador com muitos programas a funcionar ao mesmo tempo. O computador fica lento. Também é assim o pensamento humano.
Este livro tem uma abordagem simples, com linguagem acessível e exemplos práticos. Foi muito fácil de ler.
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