Que viragem levou este livro!
Robin cook traz-nos mais uma história passada em parte nos meandros dos hospitais. O livro começa com as tropelias de Jack na sala de autópsias onde fica revoltado por uma lesão nas artérias de uma jovem saudável que morreu subitamente depois de ter consultado um quiropraxista. Jack começa por mover uma autêntica cruzada contra os especialistas de curas alternativas, até porque o seu filho de apenas quatro meses tem uma doença grave e os pais tencionavam levá-lo a algum especialista dessas práticas, já que a medicina convencional não tinha respostas terapêuticas para o seu caso.
Mas entram em cena dois velhos amigos de jack- um cientista e um clérigo que, de certa forma, querem que jack seja mediador da velha cruzada entre Ciência e religião. Tudo porque o arqueólogo, seguindo pistas de um velho códice que encontrou no Egito, chegou a um ossário que, acreditava-se, continha os restos mortais de Nossa Senhora.
James, o arcebispo de Nova Iorque e colega de Jack quer impedir o amigo de ambos, Shawn, de divulgar esta descoberta científica e resolve tomar medidas que podem ser perigosas. Contrata um católico radical para persuadir o arqueólogo a desistir da ideia de divulgar os seus avanços científicos que podiam abalar os dogmas da Igreja. Uma atitude que acabará por ter consequências devastadoras.
As crenças são o ponto explorado neste livro, quer através das medicinas alternativas na primeira parte desta obra, quer através da religião na segunda.
Neste livro são abordados temas como o abuso sexual por parte de membros da igreja Católica, o radicalismo religioso e, sobretudo, a Fé.
Um livro que nos leva a pensar como funciona a mente humana e muitas vezes é isso que leva líderes religiosos e outras pessoas sem escrúpulos a chegar ás pessoas, especialmente quando elas se encontram vulneráveis, sobretudo por problemas de saúde. Se formos a ver, é assim que as diferentes crenças religiosas conquistam fieis.
O livro termina com Jack também a sucumbir á crença da cura alternativa, por incrível que pareça. Afinal de contas, ele é humano e a mente humana não sabe ainda funcionar de outra maneira.
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