Fomos convidados para fazer uma ação de sensibilização sobre Desporto para deficientes visuais destinada aos jovens que se encontram a frequentar o programa de férias ativas.
foi uma tarde bem divertida, ao longo da qual, os cidadãos do futuro foram
sensibilizados para a prática de atividade desportiva por parte de outros
cidadãos plenos de direito como eles, mas que têm a particularidade de não
verem. Por essa razão, não têm tantas oportunidades de praticar Desporto porque
ainda existem muitas portas fechadas e muitas barreiras. Expliquei que é para
isso que eu luto. Para que ninguém deixe de praticar alguma atividade física,
apesar de não ver.
Ao longo da tarde, os jovens tiveram oportunidade de experimentar Futebol de Cegos, goalball e Showdown.
Foi esta última modalidade que maior curiosidade despertou entre os presentes. Todos queriam experimentar e, a certa altura, já havia uma espécie de competição entre eles. Notou-se que estavam a divertir-se e isso foi muito bom.
É nisto que temos de apostar. Porque a inclusão e a plena cidadania começa a desenvolver-se em idades mais precoces. Para que as gerações futuras tenham outra sensibilidade e vejam quem é diferente como um igual. Um cidadão que tem as mesmas necessidades e espectativas do que eles mas por vezes não têm as mesmas oportunidades de aceder a um direito básico como é o de praticar atividade física que, por conseguinte, vai proporcionar melhor saúde física e mental a essas pessoas.
Porque nem só de Desporto de alta competição se faz a vida de quem tem deficiência e pratica Desporto, há que abrir as portas a todos aqueles que, de uma forma lúdica e até por conselho médico, queiram fazer Desporto.
De referir que existem muitos deficientes visuais que, devido ao sedentarismo muitas vezes imposto pela sociedade, desenvolvem problemas de saúde crónicos como diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares. A preocupação com a saúde e bem-estar destas pessoas deve ser a mesma empregue na saúde e bem-estar dos restantes cidadãos.
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