Continuando com os nossos livros e os nossos autores.
No início da história eu já exclamava: “que doido! Que tarado!”
O narrador desta obra é um homem que esteve na prisão durante mais de vinte anos e, quando saiu, dedicou-se a tornar uma herdade num local habitável para refazer a sua vida. Um dia resolveu combater a solidão indo para um bordel onde lhe foi apresentado um filme de sadomasoquismo que tinha como protagonista Laura- uma atriz italiana que agora fazia teatro. O protagonista resolve ir até Roma em busca desta atriz e, noite após noite, vê sempre a mesma peça. Até que se encontra com Laura. De referir que a atriz se encontra grávida e quando tem a criança designa o seu admirador como pai do menino.
Ele regressa a Portugal e Laura encontra-o. Vai viver em sua casa mas ela é uma pessoa que sempre viveu representando papeis, não se sabendo cuidar.
Laura vem a descobrir que foi adotada e a sua mãe biológica ainda vive em Córdoba. Atualmente é casada com um judeu e sem filhos. Engravidou com quinze anos devido a uma violação.
Aqui a surpresa no desfecho deste livro não está na narrativa em si mas só descobrimos o que se passa com toda esta gente quando são apresentadas as personagens, como se de uma peça de teatro se tratasse. Então fico a perceber muita coisa. Por que razão este homem seguiu esta atriz até Roma a partir do dia em que a viu no filme pornográfico.
Um livro que pode perfeitamente ser adaptado a peça de teatro. Se calhar o objetivo é mesmo este.
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