ainda falando de religião…
Este livro é bastante curioso e narra as dificuldades por que passa quem é diferente e não se enquadra naquilo que a sociedade espera.
Também é uma reflexão sobre o quão infeliz o Ser Humano pode ser quando lhe impõem amarras de todo o tipo que o impedem de ser aquilo que ele quiser.
com uma abordagem leve, todas estas temáticas são abordadas neste livro em que
Gilda nos dá a conhecer o seu caótico pensamento minado pela ansiedade e por
decisões menos acertadas, fruto de uma mente um tanto ou quanto doentia.
Em muitos dos casos aqui abordados, eu identifico-me com Gilda. A pouca clareza de pensamento devido á ansiedade, o cansaço mental que por vezes impede de agir, até para as tarefas mais simples. A certa altura ela diz que a vontade de lavar os pratos é comparada á de correr uma maratona.
De referir que gilda não é religiosa e é lésbica. por um equívoco, acaba por arranjar emprego numa igreja católica para substituir a antiga administrativa que faleceu de forma súbita. Ela não desfaz o equívoco, também devido aos problemas que tem e que a impedem de agir. Eu sei o que é isso. Por vezes deixamos as coisas estar como estão para não nos darmos ao trabalho de as alterar.
Isso acaba por ainda criar mais problemas para a protagonista que, em vez de dizer á amiga de Grace, a antiga administrativa, que ela morreu ainda se faz passar por ela.
Gilda vê tudo muito sombrio, mesmo a própria forma de encarar o mundo. Por vezes eu também sou assim. Quanto mais penso no pior, mais ideias sombrias chegam e muitas vezes também eu passo noites com essas ideias. No caso dela, é o medo da morte que a assola e lhe cria a ansiedade. Não veio parar a melhor sítio do que uma igreja onde se realizam funerais para colocar toda a sua morbidez á prova.
Felizmente tudo acaba bem e a amiga de Grace que Gilda enganou acaba por lhe mostrar como, até das coisas menos boas, se acaba por tirar algo positivo.
A vida de gilda acaba por mudar para melhor.
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