Quase a terminar este ano, literatura portuguesa.
Paula Lobato De Faria traz-nos esta história passada em plena ditadura, quando a guerra colonial, particularmente em Angola, atingia o seu auge. São vidas que se cruzam, laços familiares, de amor e de amizade numa sociedade marcada pela censura e por uma rígida conduta social marcada por fortes influências católicas.
O divórcio não é permitido e isso leva a que as mulheres, particularmente, tivessem de viver com alguém que as maltratava para o resto da vida e muitas vezes os casamentos eram arranjados e não fruto do amor entre o casal.
Para separar muitas vezes casais recorriam-se a expedientes como a denúncia á PIDE que depois iria prender um membro do casal ou condená-lo a um exílio.
A guerra colonial também não dava tréguas e Portugal era a chacota do resto do Mundo. Se hoje vemos a comunidade internacional a condenar a Rússia por causa da guerra na Ucrânia, no passado era Portugal que era posto no banco dos réus por insistir num império colonial quando há muito tal deixou de ser viável no Mundo.
Mais uma vez me ponho a pensar. Tive muita sorte em ter nascido depois do 25 de abril.
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