Conduzir sempre foi o meu sonho e é algo que eu gosto quando estou mergulhada no sono. Só assim tenho essa possibilidade.
No outro dia falei aqui do personagem de um livro que descobriu que andar a conduzir na estrada sem destino era o seu modo ideal de vida. Como eu gostava de fazer a mesma coisa! Mas nunca tive essa oportunidade porque já nasci deficiente visual.
Se calhar quem pega num veículo todos os dias não valoriza o bem precioso que tem de ter a possibilidade de conduzir. Não percebo e até desdenho de pessoas que, sem problema algum, optam por nem sequer tirar a carta de condução. Costuma-se dizer que dá Deus nozes a quem não tem dentes. Se eu tivesse condições para conduzir, tiraria a carta, nem que passasse fome para juntar dinheiro.
Assim valem-me os poucos momentos em sonhos em que me sinto livre, leve e solta, como se costuma dizer. Com um volante nas mãos conquisto o Mundo.
Desta vez o sonho tem a particularidade de, no lugar do pendura, no lugar do passageiro, no lugar do morto, como lhe queiram chamar, ir…Pinto Da Costa. Se calhar estava a levá-lo para longe do Futebol mesmo. Metaforicamente falando.
Com o volante nas unhas, ia feliz da vida, não ligando mesmo a quem seguia ao meu lado. Acelerava numa curva acentuada. Prestava atenção a outros veículos, ia guinando de um lado para o outro numa estrada que não era uma reta…
Em suma, estava feliz.
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