Monday, April 08, 2024

O telefonema

 

Este  sonho conta-se em poucas linhas.

 

Havia um jantar lá em casa dos meus pais. A sala tinha os  dois candeeiros  acesos e davam uma luminosidade que até feria os olhos. As vozes e a luz incomodavam-me mas ainda me iria incomodar mais o que se viria a passar a seguir.

 

A conversa estava animada. Já passava das onze da noite. Nisto fez-se ouvir o som estridente do telefone. Quem seria a uma hora tão tardia? De certeza que não seria nada de bom…

 

Não fui só eu que pensei assim. Toda a gente parou de conversar e o ambiente ficou pesado, quase funesto. O telefone agora tocava perante o  silêncio pesado da sala. Cada toque feria o ouvido como agulhas. Ninguém tinha a coragem de atender, como se o aparelho pudesse explodir com o simples levantar do auscultador.

 

A minha  irmã levantou-se e ficou de pé imóvel junto ao aparelho que continuava a tocar acusadoramente.

 

Ela finalmente atendeu, já que  do outro lado não desligavam. A sua expressão ficou pesada e ela veio ter comigo.

 

a única coisa que percebi antes de acordar de repente foi que tinha morrido alguém mas não compreendi quem. Estava a família mais próxima reunida á mesa da sala.

 

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