Viajamos novamente até à Austrália.
Mais um excelente livro que tem aqui algumas nuances interessantes. De salientar desde logo que a autora lançou um passatempo ás suas leitoras para sortear quem iria dar nome á personagem principal do livro. Ganhou Masha que será de origem russa. Resta saber se a autora adaptou a história a essa casualidade. Provavelmente ela nem conhecia essa leitora.
Vamos aos factos. Depois de ter tido um ataque cardíaco enquanto trabalhava e ter vivenciado, como consequência, uma experiência de quase morte, Masha resolve criar um spa para tratar do corpo e da mente. Ela dirige aquele espaço com regras muito rígidas, ou não tivesse ela dirigido uma grande empresa.
Ao longo desta obra vamos seguindo nove pessoas que vão frequentar o espaço de Masha e, sem o seu consentimento, vão submeter-se ao plano experimental elaborado por masha e que envolve a administração de LSD e outras drogas.
Isto faz lembrar um pouco o Big Brother, uma vez que estas pessoas não se conhecem e são todas diferentes. Temos uma escritora em decadência, uma família que ainda não superou uma perda violenta, um casal que pretende salvar o seu casamento…
Ao longo desta obra, a misteriosa e enigmática Masha vai submeter estas pessoas a vários desafios. O objetivo é conseguir que saiam de lá outras pessoas.
Há tempos li um livro sobre os benefícios terapêuticos de se adicionarem pequenas quantidades de LSD e outros alucinogénios no tratamento de algumas doenças mentais e mesmo em grandes empresas para promover a criatividade e o empreendedorismo. Um dos defensores desses métodos era Steve Jobbs, fundador da Apple.
Aqui o que estava em causa era falta de consentimento destas pessoas para tais experiências.
Para pensar e refletir. Fica a pergunta: como reagiriam se vos fossem administradas drogas sem o vosso consentimento?
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