Sonhei com muitas coisas, das quais destaco este pequeno episódio. Afinal de contas, é esta a imagem que fica da noite.
Havia qualquer evento lá na aldeia. Eu passava pelo lugar, o que é raro na vida real. Junto ao café cheirava intensamente a vinho.
Pela estrada caminhava uma jovem desconhecida. Trajando mesmo à trabalhadora rural, com roupas floridas de chita, ela carregava aos ombros um recipiente quase a transbordar de vinho. Parecia ter dificuldade em o transportar. Seria peso a mais para o seu frágil porte.
Ela praguejava, queixando-se da dureza do trabalho, mas cá para mim ela ia bebendo à medida que ia transportando o vinho. Parecia entrelaçar as pernas uma na outra e o seu passo era oscilante. Estava-se mesmo a ver o desfecho deste número!
A certa altura, a vasilha do vinho escorregou-lhe dos ombros e rolou para o meio da estrada. O líquido avermelhado misturou-se com o que ela havia entornado antes e o odor forte a vinho quase que dava para embriagar quem por ali passava. Estavam ali litros e litros de vinho derramado no asfalto.
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