Antes de narrar este autêntico drama onírico, convém dizer que a sua origem está num excerto de um livro que li imediatamente antes de adormecer. Era na altura em que as mulheres de famílias mais abastadas eram obrigadas a casar e a sua vontade não era tida nem achada.
Se calhar, noutra encarnação, eu fui obrigada a casar e fui muito infeliz. Só assim se explica a aversão mórbida que tenho a casamentos, mesmo a viver junta com alguém. Gosto de viver sozinha, estar à minha vontade. Não gosto de dividir espaço. Uma mudança destas na minha vida seria o caos.
O meu pretendente seria alguém que falasse castelhano. As pessoas faziam os preparativos para o meu casamento mas eu estava aterrorizada com tal mudança na minha vida. As pessoas não percebiam onde estava o verdadeiro problema que era eu, dali em diante, partilhar o mesmo espaço com alguém, inclusive a mesma cama. O que fazer? Fugir?
Ainda bem que acordei. Já me estava a enervar fortemente.
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